Por Rondoniadinamica
Publicada em 21/09/2019 às 09h23
Porto Velho, RO – Está sacramentado: Porto Velho, é, definitivamente, a capital do estupro. E a principal cidade de Rondônia vem acumulando lideranças em rankings tenebrosos sem que, no entanto, sociedade e autoridades competentes se atinem à questão.
Já considerado o pior município brasileiro em termos de saneamento básico, o que, por si só, já é bastante vergonhoso e absurdamente deplorável, agora levamos à Sala dos Troféus Obtusos o ouro em violência sexual praticada contra mulheres e crianças, neste último caso englobando as investidas libidinosas a vulneráveis.
A taxa de 2018 é assustadora. Entretanto, a situação não reverbera com a amplitude necessária nas hostes institucionais nem tampouco impulsiona a seara política regional: é como se o panorama não existisse.
O G1 destacou:
“Ainda segundo o 13° Anuário Brasileiro de Segurança Pública, os estupros cresceram 16% em Porto Velho no último ano. Ao longo de 2018, a cidade teve 413 ocorrências de estupros. Já em 2017 foram 355 casos. De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o crescimento no número de estupros coloca Porto Velho à frente das grandes metrópoles, como Salvador, que tem quase 3 milhões de habitantes. Na capital baiana, por exemplo, foram 352 estupros em 2018. Isto representa uma taxa de 12,3 a cada 100 mil habitantes”.
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Os dados são alarmantes e existe a necessidade de uma discussão emergencial por parte da cúpula da Segurança Pública do Executivo estadual e discussões travadas junto com os órgãos de fiscalização e controle a fim de apresentar respostas à sociedade.
Aliás, o setor foi levantado como bandeira principal durante as eleições de 2018 pela chapa puro-sangue encabeçada, justamente, por Coronel Marcos Rocha, do PSL, atual governador do Estado.
A despeito de os dados representarem números de gestões pasadas, também urge a necessidade de José Hélio Cysneiros Pachá e Hélio Gomes Ferreira, respectivamente titular e adjunto da Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec/RO), assumirem postura de protagonismo no que diz respeito à ala administrativa mais problemática.
Enquanto isso não acontece, o cidadão vê Porto Velho perder o título de cidade-sol e assumir o posto deplorável de capital do estupro, acumulando, ainda, o ofício de pior município em termos de saneamento básico.