Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 14/09/2019 às 10h59
Atitude das mais corretas a do deputado estadual Alex Redano (PRB-Ariquemes) em atender o clamor da maioria da população de Rondônia, que pede socorro pelos “ataques” da empresa Energisa-Ceron, responsável (sic) pela distribuição da energia elétrica em Rondônia. Contas com valores absurdos, totalmente fora da realidade do consumidor, relógios blindados, constantes cortes no fornecimento são alguns dos absurdos cometidos pela empresa, que praticamente ganhou a exploração do fornecimento de eletricidade em Rondônia.
Na época em que assumiu a Ceron (Centrais Elétricas de Rondônia) a Energisa prometeu reduzir as tarifas em 1,75%. Balela. Após assumir o controle da antiga Ceron, o grupo Energisa tinha compromisso de investir R$ 470 milhões na melhoria da qualidade dos serviços, o atendimento ao consumidor e expandir o setor elétrico para este ano. Nada mudou, piorou.
Além de não melhorar em nada a qualidade dos serviços e não reduzir o preço das tarifas em 1,75%, ocorreu alta. Dois meses depois de assumir a Ceron em outubro de 2018 foi aplicado um aumento de 31,25%. Depois de um imbróglio na justiça acabou ficando em 24,75.
Mas o problema, não está apenas no aumento aplicado no início deste ano, quando deveria ser redução, como a empresa se comprometeu. O impasse está no abuso das contas de luz apresentadas nos últimos meses. Para a Energisa, o povo que mantém a empresa pagando preços absurdos e totalmente fora da realidade da maioria das famílias é, a princípio, “ladrão de energia”.
Residências são visitadas, os contadores vistoriados e posteriormente lacrados, blindados como se o consumidor fosse um bandido. Quem faz a vistoria dos contadores? A Energisa, que se autofiscaliza.
Na próxima semana o deputado de Ariquemes, Alex Redano (PRB), após ouvir inúmeros reclamos da população e reclamos pela imprensa assumiu compromisso de se reunir com os demais deputados, para buscar solução para as denúncias de abusos da Energisa contra o consumidor, que está sendo tratado como marginal, ladrão, e pagando contas de valores elevadíssimos, que não deve.
A desproporcionalidade na cobrança de energia elétrica do consumidor pela Energisa é explícita. O site Ariquemes 190 entrevistou várias pessoas, inclusive deficientes, que foram tratados como ladrões de energia, um dos assuntos da pauta do deputado Redano durante a semana.
Não há como um casal, que trabalha e só retorna a casa, após às 17h, pois almoça fora, ligue o ar-condicionado, apenas para dormir por volta das 22h e desliga às 6h pague R$ 600, R$ 700, R$ 900 de consumo de energia elétrica todos os meses. Acrescente uma geladeira, um frigobar, uma máquina de lavar e um ferro elétrico. A conta não bate.
A Associação Cidade Verde, fundada pelo delegado de polícia aposentado, Paulo Xisto poderia fazer uma parceria com os deputados na checagem dos contadores, para se saber a realidade do consumo de energia elétrica pelo consumidor no Estado. Isso já ocorreu na época da Ceron, quando a entidade comprovou, que os contadores colocados nos postes de iluminação apelidados pela população de “olhões” marcavam mais do que era consumido.
Para o morador de um Estado onde a temperatura está sempre próxima de 30 graus o ar-condicionado e o ventilador não são luxo, mas necessidade. Rondônia tem duas das maiores usinas hidrelétricas do Brasil (Jirau e Santo Antônio, em Porto Velho), que garantem energia abundante ao centro-sul do país e a custo bem inferior. Por que somos obrigados a pagar um preço fora da realidade por uma energia que não consumimos e, ainda, ser taxado de ladrão?
Socorro, help, senhores deputados...