Por Professor Nazareno
Publicada em 12/09/2019 às 08h55
Não sou cartomante nem adivinho e nem faço previsões de absolutamente nada. Mas óbvio que também não sou nenhum idiota como falam algumas pessoas. Apenas escrevo textos e neles faço comentários que acabam se confirmando depois. Quando o senhor Jair Bolsonaro foi eleito presidente, eu disse que não só a nossa democracia corria perigo como também a imagem do Brasil seria prejudicada se ele confirmasse na prática o que dissera durante a campanha eleitoral bem como durante toda a sua vida. O obscurantismo, a censura e a diminuição de direitos conquistados a duras penas pela sociedade brasileira são práticas que se veem diariamente sendo levadas a cabo pelo atual governo. Tudo de ruim que sempre existiu na política brasileira vem se repetindo normalmente no cotidiano da população. O país hoje insiste em entrar na Idade Média.
A censura já ameaçou voltar recentemente em várias ocasiões no Brasil como na Bienal do Livro no Rio de Janeiro e também na área da Educação em São Paulo com o recolhimento de livros didáticos. Além disso, um dos filhos do “Mito” afirmou que “O Brasil não crescerá por vias democráticas”. Em alguns setores, por exemplo, a censura e o obscurantismo são mais visíveis: por causa da questão financeira, alguns sites de notícias não têm coragem de peitar determinados órgãos do Estado. Só noticiam aquilo que agrada ao “patrão”. Vergonha máxima: em tempos de liberdade de expressão, nenhuma publicação ou matéria que desagrade ao poder vigente. Voltaire deve se retorcer no túmulo. Se não houver uma tomada de consciência, as coisas infelizmente só vão piorar. Triste saber que muitos “jornalistas” já se renderam ao poder do vil metal.
Neste fim de mundo, quando o prefeito Hildon Chaves foi eleito, eu alertei para que ele tivesse muito cuidado com o seu vice, mesmo que este “fosse um boi”. Não deu outra: pouco tempo depois, por causa do já esquecido escândalo da JBS, houve o rompimento dos dois e o vice-prefeito da capital fez o mesmo que todos os outros vice-prefeitos que lhe antecederam: nada.Eu disse também que jamais o Dr. Hildon amaria, beijaria e acariciaria uma cidade tão detonada quanto esta. E quando todos falavam mal do Mauro Nazif, eu previ que o “lento mandatário” daria a volta por cima em muito pouco tempo. O mesmo não só se elegeu deputado federal como hoje “ameaça” voltar a administrar a cidade mais suja e imunda do Brasil: Porto Velho, a eterna capital de Roraima. Como desgraça pouca é meio de vida, é bem possível que este pesadelo volte.
Em Porto Velho, o infortúnio continua e por isso o abandonado “açougue” João Paulo Segundo prossegue com a sua sina de ser apenas um “campo de extermínio de pobres”. Palácios de mármore são anunciados sem nenhuma cerimônia, como um Centro de Convenções,e nada da construção do “velho açougue” prosperar. Outra vez disse que as hidrelétricas do rio Madeira encareceriam a energia elétrica em Rondônia. Fui criticado na época e quase açoitado em praça pública. E aí está a Energisa “presenteando” os otários todo mês. Juro que “eu acho é pouco”. O teatro foi feito para nada. Está jogado às traças. Não há espetáculo. Devia ser implodido. Igual ao ginásio Cláudio Coutinho, onde não tem jogos há tempos.Os viadutos continuam sem nenhuma serventia e a ponte se eternizará escura. Só não previ que a França e outros países da União Europeia contribuiriam para o fim da fumaça em Rondônia. Será que sou burro?
*É Professor em Porto Velho.