Por Rondoniadinamica
Publicada em 24/09/2019 às 09h23
Atualizada às 09h53 com a versão de Léo Moraes
Porto Velho, RO – O deputado federal Léo Moraes, do Podemos, proferiu ofensas durante audiência pública realizada no âmbito da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE/RO), na última sexta-feira (20), ocasião onde autoridades regionais discutiram o transporte escolar na Capital.
Em determinado momento, o parlamentar passou a insultar Wolmer Eliud Neves Júnior, professor cedido ao Gabinete do atual prefeito de Porto Velho Dr. Hildon Chaves, do PSDB.
Wolmer Júnior atua como assessor de Política Governamental e estava nos assentos destinados à plateia enquanto transcorria a audiência pública no Plenário da Casa de Leis.
Léo Moraes, que é ex-deputado estadual e ex-vereador, passou a denominar o servidor público como ‘‘bate pau’’, ‘‘leva e traz’’ e “inútil’’.
CONFIRA
As imagens são de William Ferreira, o "Homem do Tempo" / Reprodução-YouTube
O lado de Wolmer Júnior
Procurado pela redação, o assessor apresentou sua versão acerca dos fatos. Informou que não fora à audiência na condição de representante da Prefeitura de Porto Velho, pois, de acordo com ele, sequer cumpria o horário de expediente à ocasião.
Wolmer Eliud Neves Júnior alegou ter se sentido hostilizado pelas ofensas deliberadas patrocinadas pelo deputado Léo Moraes, e, por conta disso, já estuda a possibilidade de ingressar com ações na Justiça para exigir reparações de ordem moral.
“Eu fui hostilizado, vaiado. Depois das ofensas, me retirei e mesmo assim continuei sendo ofendido no trajeto à saída pelo corredor, passando pelo saguão. Passei a ser pessoa não grata ali. E as imagens mostram que eu não fiz nada, não provoquei. Estava ali apenas como interessado no objetivo da audiência. Não dá pra entender”, declarou ao Rondônia Dinâmica.
O professor cedido destacou que respeita o parlamentar pelas suas posições políticas, porém afirmou jamais ter tido qualquer tipo de contato pessoal com ele.
“Até me surpreendi de maneira positiva pela convocação de uma audiência para discutir a educação. Pelo que eu saiba, nunca foi bandeira dele. Quando aconteceu, fiquei feliz e fui ao Plenário a fim de saber o que seria discutido, como cidadão comum e interessado no setor. É lamentável o que ocorreu”, asseverou.
Womer Júnior também não crê que o comportamento inadequado do deputado esteja ligado à tática de campanha eleitoral antecipada. “Foi a ofensa pela ofensa. Nem tinha público suficiente pra ele fazer política com a situação”, concluiu.
O Rondônia Dinâmica também entrou em contato com Léo Moraes, mas, até o fechamento da reportagem, não obteve retorno. O espaço continua aberto para eventuais esclarecimentos.
Atualizada às 09h53 com a versão de Léo Moraes
A versão de Léo Moraes
Após a veiculação da notícia, o deputado Léo Moraes também apresentou sua versão sobre o episódio. “Aquele cara [refere-se a Wolmer Júnior] estava intimidando quem fazia o uso da palavra. Eu vi claramente ele filmando de forma espalhafatosa, para que os oradores o observassem”, asseverou.
De acordo com o parlamentar, o assessor do Gabinete do prefeito Dr. Hildon Chaves teria cometido “uma forma de assédio”.
Questionado sobre o que significa a expressão “filmando de forma espalhafatosa”, Moraes respondeu:
“Levantava [do assento] para que todos o enxergassem”, reiterou.
O congressista não se arrepende dos termos utilizados e mantém as expressões direcionadas ao assessor.
Informado pela redação a respeito da intenção de Wolmer Júnior em ingressar com ações na Justiça, comentou:
“Estou na atividade parlamentar”, finalizou.