Por Rondoniadinamica
Publicada em 01/10/2019 às 10h17
Porto Velho, RO – O senador Confúcio Moura, do MDB, fez um dos discursos mais contundentes em Brasília a respeito do radicalismo que aparta a população brasileira em metades extremas e antagônicas.
Ele falou também falou sobre a violência policial em comunidades do Rio de Janeiro.
“Essas balas perdidas que têm matado crianças Brasil afora têm ofendido muito as famílias brasileiras, o povo brasileiro. Morreu uma criancinha de 6, 7 anos, na escola, outra de 10 anos e outro de 11 anos. Outro dia, um menino ia ao jogo para treinar, estava com a chuteira dentro da bolsa e recebeu um tiro ao lado do avô. Morreu o menino de 14, 16 anos, que ia para o campo futebol”, pontuou.
E seguida, asseverou:
“Então, isso tudo têm-se somado. Semana a semana vai acumulando, vai acumulando essa situação que agrava muito a confiança do povo brasileiro nas instituições. A gente fica muito pensativo: se eu não posso confiar na polícia, se eu não posso confiar na Justiça, se eu não posso confiar nisso ou naquilo, em quem que eu vou confiar”.
Na visão do senador, seu discurso serve para a buscar de um Brasil ajuizado, “que a gente precisa ter”.
“Essas palavras de ódio, de radicalização, de divisão do País entre o PT, por um lado, e a direita, para o outro, jogando o povo brasileiro um contra o outro nas ruas. Não se pode falar em um, que o outro já rebate. Não pode sair uma passeata de um, que o outro já estigmatiza. Então, esse confronto de rua, esse confronto de ideias, esse confronto de pensamento não vai ajudar o Brasil. Não vai ajudar o Brasil”, alegou.
Brasil racista
Para o ex-governador de Rondônia, esses problemas “vem e nos remete a um drama histórico brasileiro, isso nos remete a uma tradição da cultura brasileira, da escravidão das pessoas, do escravo, daquele que obedece, daquele que faz o serviço difícil”.
Ele complementa:
“[...] daquele que carrega lata d'água na cabeça, daquele que faz os serviços complicados, penosos, sem hora, daquele que não pode entrar na casa do senhor, na casa grande e senzala. Então, esse Brasil preconceituoso, esse Brasil racista, realmente a gente não pode continuar sendo assim”, finalizou.
Confira o discurso na íntegra logo abaixo