Por Secom Governo/RO
Publicada em 07/11/2019 às 14h02
A escola estadual de São Carlos (Foto) tem alunos de Brasileira, Terra Caída, Agrovila Rio Verde, Cavalcante e Prosperidade
Para atender aos alunos dos distritos do Baixo Madeira, o Governo do Estado licitou e contratou, em menos de quatro meses, a empresa Ilairana, com aproximadamente 84 embarcações que fazem o transporte fluvial de crianças e adolescentes desde o início das aulas, na primeira semana de outubro.
No distrito de São Carlos, vivem 400 famílias, segundo o administrador local, Ednardo Souza Medeiros. Na Escola Estadual de Ensino Médio Professora Juracy L. Tavares estão matriculados 65 alunos no período noturno, outros 32 estão na extensão localizada no Lago do Cuniã, e 15 estudam pela manhã. A maioria do período matutino é usuária do transporte escolar aquaviário.
Mislaine Maia, 16 anos, mora na Agrovila Rio Verde, e acorda todos os dias às 5h30 da manhã para chegar à escola de São Carlos, depois de pouco mais de uma hora de viagem na voadeira escolar. Sobre a volta às aulas, a estudante agradece a ação do Estado em assumir a responsabilidade e resolver a questão do transporte, que antes estava suspenso devido a problemas entre o Executivo Municipal e a antiga empresa que prestava o serviço.
“Bom que voltamos a estudar, mesmo com o atraso. É uma pena o tempo que perdemos, mas pelo menos não perderemos o ano letivo”, declara a aluna.
Luana Souza Coelho, 17 anos, também mora na Agrovila Rio Verde e estuda em São Carlos, e lamenta que ficar sem aula quase o ano todo tenha mudado a rotina do ano letivo.
“Agora teremos que nos esforçar para conseguir concluir sem mais prejuízos”, declarou Luana Souza Coelho, estudante moradora da Agrovila Rio Verde
Joelma e Carolaine Silva são tia e sobrinha. Com a mesma idade, as duas fazem o 1º ano do ensino médio. Moradoras da comunidade de Brasileira, próximo a São Carlos, as adolescentes não gostaram da mudança no horário de aula. Antes elas estudavam à noite, mas por determinação do Ministério Público de Rondônia, a navegação noturna das voadeiras escolares não pode acontecer para a segurança dos alunos.
“Ficamos felizes quando soubemos que não iriamos perder o ano letivo, e sem o transporte das voadeiras ficava difícil vir para a escola”, disse Carolaine.
A escola conta com três salas de aula e utiliza mais duas no prédio da escola municipal, todas refrigeradas.
São atendidos pelo transporte fluvial escolar alunos das comunidades de Brasileira, Agrovila Rio Verde, Cavalcante, Terra Caída e Prosperidade.
A instalação da escola estadual foi um marco para São Carlos e comunidades adjacentes. O nome, Juracy L. Tavares, foi uma homenagem à professora falecida há mais de 20 anos, e que tanto fez pela educação no Baixo Madeira.
“Minha mãe deixou um legado. Ela era funcionária federal e trabalhava para o Estado. A escola foi inaugurada há menos de um ano, e para mim foi muito gratificante e emocionante ver o nome da minha mãe ser homenageado em uma escola, pela história que ela construiu aqui”, considerou o professor Jonir Tavares de Souza.
“A maioria dos nossos alunos, estaduais ou municipais, precisa do transporte aquaviário, a vida escolar deles depende desse serviço”, acrescentou.