Por Redação
Publicada em 25/11/2019 às 15h04
A lombalgia é uma doença que afeta mais pessoas que podemos imaginar. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgados em 2016, 80% da população mundial sofre com dores na lombar. A doença, segundo relatório da entidade, só perde para a dor de cabeça na lista de enfermidades que mais causam a visita de pacientes ao médico.
A lombalgia pode ser originada de diferentes maneiras: traumatismos pelo movimento crônico ou momentâneo, como carregar peso, torções, posição profissional; envelhecimento, doenças reumáticas, infecção dos discos intervertebrais. Ainda segundo a OMS, aproximadamente 80% dos adultos sofrerão pelo menos uma crise aguda de dor nas costas durante a vida, sendo que 90% dessas pessoas apresentarão mais de uma vez.
O estudo “Carga Global de Doenças”, publicado há dois anos, revelou que a dor lombar é a principal causa de incapacidade diversos países de alta renda, assim como na Europa Central, Leste Europeu, Norte da África, Oriente Médio e partes da América Latina. Um total de 1 milhão de anos de vida produtiva é perdido no Reino Unido por causa da deficiência de dor lombar a cada ano, mostra a pesquisa.
Aqui no Brasil, a lombalgia afeta não só a saúde, mas também a economia e o mercado de trabalho. De acordo com o INSS, em 2016, pouco mais de 116 mil pessoas se ausentaram do emprego por, no mínimo, duas semanas em razão de dores ou desajustes na coluna.
É por isso que estar atento a lombar é fundamental. Uma das saídas para conter a dor e fortalecer a coluna vertebral está na prática da terapia manual. A modalidade pode aliviar o quadro álgico do paciente e reorganizar os tecidos moles, diminuindo, assim, as chances de fibroses, além de melhorar a circulação nos tecidos.
"Em muitos países, os analgésicos, que têm efeito positivo limitado, são rotineiramente prescritos para dor lombar. Falta ênfase em outras intervenções, como exercícios físicos", diz Nadine Foster, professora da Universidade de Keele, no Reino Unido, que realizou um estudo sobre a lombalgia nos Estados Unidos.
A terapia manual atua no restabelecimento da mecânica articular através de estímulos mecânicos que promovem o ganho de mobilidade do segmento de trabalho, estímulos neurais que diminuem a sensibilidade do cérebro aos estímulos de dor e estímulos proprioceptivos que melhoram o sinergismo de movimento e função muscular na região trabalhada.
Segundo o fisioterapeuta Isidro Marques, "a Terapia Manual não trata apenas a dor apresentada pelo paciente na hora da consulta, mas procura através de uma avaliação global a causa das alterações biomecânicas que podem estar causando a dor do paciente", disse ao portal Biocursos.
Ainda segundo o especialista, a terapia manual contribui de maneira decisiva para o tratamento de dores lombares. A terapia amplia os horizontes da visão analítica para uma visão de globalidade fazendo a interligação dos diversos sistemas corporais (muscular, articular, neural, visceral e outros) e a integração de diversas técnicas de Terapia Manual", completa.
Ainda assim, é preciso estar atento. Em alguns casos, como reumatismos inflamatórios, câncer ósseo e fraturas, a terapia manual é contraindicada, já que seu efeito não será assimilado pelo corpo do paciente.