Por Rondoniadinamica
Publicada em 07/12/2019 às 10h36
Porto Velho, RO - Soou, pelo aparato logístico reforçado, como a última década e meia quando escândalos eclodiam diuturnamente em Rondônia.
A Operação Feldberg, deflagrada pela Polícia Federal com apoio do Ministério Público do Estado (MP/RO), seguiu roteiro hollywoodiano
Pelo menos duzentos policiais e cinquenta viaturas participaram das incursões cujo objetivo ainda parece distante de ser compreendido em sua totalidade.
Uma colcha de retalhos envolvendo o ex-deputado Carlão de Oliveira e o filho dele, parlamentar desta legislatura; acusação de possível fraude na eleição da Presidência da Casa do Povo; "rachadinha"; "fantasmas" e até esquemas obtusos envolvendo cartório.
Tanto dedo em riste institucional para situações aparentemente diversas; e o pior é justamente o silêncio que imperou nas hostes ministeriais e também dos lados da PF.
Geralmente, pelo menos por aqui, essas operações são sucedidas por coletivas de imprensa a fim de que a população tenha maiores detalhes a respeito do que se passa em seu estado. Desta vez não houve. Por cima, os alvos do primeiro escalão do Legislativo vieram à tona; porém, nada de nomes no que diz respeito aos presos, por exemplo.
No caso do presidente Laerte Gomes, eleito com 23 dos 24 votos, a acusação soa no mínimo estranha. Afinal, o tucano fora articulador do governo Confúcio atuando como líder na ALE e já havia demonstrado tino para a condição de trabalhos e no sentido de harmonizar a relação entre os Poderes.
Aliás, o votação expressiva foi endossada pelo deputado Lebrão (MDB) que desistiu de concorrer e engrossou o caldo pró-Laerte. Só Luizinho Goebel, do PV, se absteve.
Portanto, é preciso, sim, separar o joio do trigo, sob pena de a operação se transformar em erva daninha afetando a ambos é tudo mais que houver no pasto.
E pra quem acha que a tarrafa da PF tem sempre a medida certa, lembre-se: a Operação Pau Oco também teve adornos de espetáculo e hoje as autoridades que a deflagraram estão sendo investigadas. Não que seja o caso de compará-los, obviamente, mas é preciso ter em mente que o Estado também erra. E erra muito.