Por Sérgio Pires
Publicada em 20/12/2019 às 08h58
Não fosse divulgada apenas pelas redes sociais, chegando a apenas algumas poucas milhares de pessoas e se utilizada todo o enorme pacote de mídia que o Estado possui, incluindo as TVs, ainda campeãs de audiência, toda a população do Estado ficaria sabendo de uma excelente notícia ao nosso setor produtivo. Trata-se de um investimento de nada menos de 2 bilhões de reais. O fato de que, no ano que vem, teremos, além de outras fontes, mais de esses 2 bi, que virão através de financiamentos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO). A boa nova foi postada apenas nas redes sociais do governador Marcos Rocha, que fez um vídeo mostrando grande alegria com a novidade. O valor representa mais de 1 bi acima do que foi liberado em 2018 e cerca de 300 milhões acima do que o FNO destinou a Rondônia, nesse ano. Como sequer foi divulgada nos boletins de notícia do governo do Estado, a importante informação chegou a um público restrito. Aliás, tem sido comum notícias importantes, tanto de parte do Coronel Marcos Rocha quanto de membros da sua equipe, darem informações importantes apenas em suas redes sociais, onde o número de acessos é absurdamente menor do que quando qualquer notícia transmitida também pelos meios tradicionais. Uma simples pesquisa comprova que as televisões, por exemplo, estão tendo cada vez mais telespectadores. Enquanto isso, muitas notícias em redes sociais sequer têm credibilidade. Mas, enfim, é importante destacar que numa reunião com o superintendente da Suframa, Paulo Roberto Correia da Silva, o Governador pôde comemorar a conquista.
No vídeo, o governador comemora a promessa de liberação dessa grana toda. Segundo ele, “serão recursos para aquecer a economia, gerando emprego e renda na região, trazendo riqueza para todo o Estado”. Marcos Rocha acrescenta ainda que a “liberação de tantos recursos, possibilitará ao rondoniense, o financiamento de projetos para abertura do próprio negócio: investimentos para expansão das atividades; aquisição de estoque e até para custeio de gastos gerais relacionados à administração”. Além de agradecer ao superintendente da Sudam, que com ele aparece no vídeo, Rocha faz também um agradecimento ao ministro Gustavo Canuto, comandante do Ministério do Desenvolvimento Regional. Em breve, espera-se através de informes oficiais do Governo do Estado, se terá mais detalhes sobre essa importante conquista para o Estado, já que, em dois anos, mais que dobrou a previsão de investimentos do FNO. Também se aguarda mais detalhes sobre os valores que Rondônia receberá, do bolo de pagamentos que a Petrobras foi obrigada a fazer aos Estados, ainda esse ano, por decisão monocrática do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Há dinheiro chegando em 2020. Espera-se que as informações sobre todos esses avanços saiam apenas das redes sociais e cheguem a todos os rondonienses.
CONSELHO MÉDICO GANHA QUEDA DE BRAÇO
O Conselho Federal de Medicina venceu a queda de braço contra o Congresso. Graças à pressão da classe médica brasileira, através da sua entidade superior, o presidente Jair Bolsonaro vetou artigo da lei do Médicos Pelo Brasil, que autorizava a realização de dois concursos Revalida por ano também nas universidades privadas, que tivessem notas entre 4 e 5 pelo MEC. Agora o texto volta para o Congresso. A decisão de Bolsonaro atinge diretamente a batalha de pelo menos três deputados federais de Rondônia, que lutaram intensamente para incluir a emenda na nova lei. Lúcio Mosquini, Jaqueline Cassol e Léo Moraes terão que unir forças novamente com outros parlamentares de todo o país, para tentar derrubar o veto presidencial. No evento em que o Presidente anunciou o veto à emenda, entre outros dirigentes do CFM, estava o dr. Hiran Gallo, um dos mais importantes nomes da entidade e que já foi escolhido para presidi-la. Se o veto for mantido, apenas universidades públicas poderão realizar os exames do Revalida.
TRE MANTÉM MANDATO DE CHRISÓSTOMO
Se depender do TRE rondoniense, o deputado federal Coronel Chrisóstomo cumprirá todo o seu mandato na Câmara Federal. Estava em julgamento ação do suplente, Pastor Valadares, pedindo a cassação de toda a chapa do PSL por fraude na composição do percentual de mulheres na chapa que elegeu Chrisóstomo. No julgamento do TRE, a diferença entre os que concordavam com a cassação e os que foram contra, segundo o advogado Juacy Loura Júnior, foi de apenas um voto. Nelson Canedo, advogado do deputado, comemorou a vitória e disse que “a cota feminina foi rigorosamente respeitada”. A decisão final será no TSE, para onde um recurso está sendo encaminhado. O caso ainda terá muitos desdobramentos, até porque o próprio TSE já tem decisão cassando mandatos de vereadores acusados de participar de coligações onde ficou comprovada a fraude. Para a defesa de Chrisóstomo, o caso do deputado do PSL é completamente diferente, porque, segundo ele, não houve fraude alguma.
GUERRA IDEOLÓGICA NA EDUCAÇÃO
O aparelhamento, pela esquerda, das escolas brasileiras, levará pelo menos duas décadas para ser extirpada. Isso se começarmos agora essa faxina cultural. Pelo menos já iniciou em relação ao guru do PT e da esquerda na área educacional. O presidente Bolsonaro chamou o “educador” Paulo Freyre, em cujas teses se baseia grande parte do ensino nos primeiros anos das escolas, em todo o país, de “energúmeno”. Foi praticamente uma declaração de guerra aos apaixonados pelas teorias do guru. Agora, em Salvador, antes núcleo importante do petismo, um vereador do DEM conseguiu aprovar projeto na Câmara, tirando o nome de Paulo Freire de uma importante escola soteropolitana. Ela se passará a se chamar José Bonifácio, um dos heróis da Independência. Freire, que morreu em 1997, aos 76 anos, continua sendo figura das mais controversas. Os chamados conservadores o acusam de ter criado um sistema que causou uma educação de péssima qualidade e, ao mesmo tempo, de politizar a educação, introduzindo nela uma educação marxista. Os esquerdistas negam isso e consideram Freire um dos maiores educadores da história do país.
CANA: “PODERIA” ´PREJUDICAR A AMAZÔNIA
Tem certas coisas que o brasileiro comum não entende. Uma delas, é porque o Ministério Público Federal entrou com ação judicial baseando-se em “poderia ter prejuízos”; “poderia causar danos às exportações brasileiras por restrições que poderiam vir de países compradores de nossos produtos” e outros “poderiam”, para exigir que seja considerado inválido o decreto assinado pelo presidente Bolsonaro, autorizando plantio de cana de açúcar na Amazônia e no Pantanal. Ao recorrer ao Judiciário, a ação do MPF afirma (não se imaginava baseado em que fatos), que “a restrição do plantio, em tese, em áreas já degradadas não vai impedir o aumento do desmatamento porque os proprietários ou posseiros de tais áreas, ao venderem as mesmas para as plantações de cana e adquirirem novas áreas para suas atividades produtivas (pastagens ou outros plantios), pressionando a abertura de novos desmatamentos”.
ESTUDO DE FUTUROLOGIA
Ou seja: não parece um estudo de futurologia, baseado em premissas que não se tem qualquer base para afirmar o que vai acontecer? É algo lamentável que não haja uma explicação lógica, concreta, contundente sobre o tão polêmico assunto. O que se espera é que a Justiça veja esse tema com todo o cuidado. Ele é complexo e não pode ser tratado com expressões como “poderia”. Plantar cana em áreas já degradadas só causa danos ambientais em teorias científicas que todos sabemos exatamente de onde vêm. Não podemos tratar nossa Amazônia com esse viés. Enquanto isso, o Ministério da Agricultura afirmou, através de seu porta voz, que “como já esclarecido na ocasião, o Decreto não autorizou o plantio de cana-de-açúcar na Floresta Amazônica nem no Pantanal”. A informação é de que o decreto apenas “simplifica e desburocratiza” o zoneamento de plantio de cana-de-açúcar. É lembrado pelo Ministério que a decisão “não permite novos desmatamentos, hoje vetados pelo Código Florestal e pelo RenovaBio, leis que não existiam em 2009”. Há questões ambientais que continuam sendo tratadas com decisões xiitas. Ainda bem que isso está diminuindo. Um dia, o assunto será tratado de forma realista. Ainda não está.
O ALIANÇA COMEÇA COM AS MESMAS DIVISÕES
O que aconteceu nesta quinta, em Porto Velho, na verdade, foi uma reunião preparatória ao Dia D de adesões ao futuro partido do presidente Bolsonaro, o Aliança pelo Brasil. A reunião no Hotel Plaza, nesta quinta, antecipou o lançamento da nova sigla. A ideia do encontro foi reunir lideranças que apoiam Bolsonaro e querem ficar ao lado dele, seja para onde vá. Filiados ao PSL e a outros partidos, receberam orientação para se desfiliarem de seus partidos, para poderem assinar ficha com a nova agremiação. O empresário Jaime Bagatolli, que concorreu ao Senado pelo PSL, convocou o encontro no Hotel Golden Plaza. Ele é um dos 101 fundadores do Aliança. Ele e o Coronel Chrisóstomo (tão logo o deputado federal ache uma brecha para sair do PSL, para não correr o risco de perder seu mandato), também estará ao lado de Bagatolli. Mas a verdade é que, quando o Aliança estiver formado em Rondônia, o comandante maior será mesmo o governador Marcos Rocha, hoje adversário do grupo de Bagatolli. Vamos ver como, neste futuro que se aproxima, os antagonistas no PSL vão se portar dentro do novo partido bolsonarista.
PERGUNTINHA
Quando, onde e contra quem será a próxima operação da Polícia Federal em Rondônia, já que em menos de duas semanas, “os homi” procuraram suspeitos de crimes em cinco ações, nas mais diferentes regiões do Estado?