Por Robson Oliveira
Publicada em 29/01/2020 às 08h10
ESPECULAÇÃO
Embora seja natural que diversos nomes que são proeminentes nos mais variados partidos políticos constem nas listas de especulações como candidatos a candidatos a prefeitos, particularmente na Capital, a coluna apurou que alguns deles miram mesmo as eleições de governador em 2022. Não interessa a disputa municipal, por enquanto.
CENÁRIO
Vinícius Miguel, Léo Moraes e Hildon Chaves, nomes que são listados como eventuais candidatos competitivos, não confirmam nem desmentem as respectivas candidaturas e vão manter esta dubiez até as convenções porque interessa aos seus projetos políticos. Tal postura impede os pretendentes ao paço municipal com apelo político menos denso verem seus nomes melhorar nos índices pesquisados. Num cenário hipotético com os três fora das eleições, a disputa fica aberta, mas o nome do ex-governador Daniel Pereira tende a surfar na onda.
CENÁRIO I
Com Hildon, Léo e Vinícius na disputa, passa a ser um pleito acirrado com um resultado imprevisível. Três candidatos com capilaridade política e com perfis muito distintos. É um cenário possível, embora a coluna tenha enormes desconfianças que ao afunilar o processo das escolhas dos candidatos este cenário se mantenha.
BLEFE
Entre nomes que aparecem como pretendentes à sucessão da capital, alguns deles são puro blefe. Os partidos têm donatários e com a vedação das coligações nas candidaturas proporcionais (vereadores) a tendência é que na hora da convenção os dirigentes rifem candidatos pré-lançados para apoiarem candidaturas majoritárias mais robustas: seja no aspecto monetário, seja nos acordos reservados.
PREMISSA
Para um pretende ao cargo de prefeito bater no peito e garantir a candidatura antes da convenção só existem duas possibilidades: está bem postado nas pesquisas sérias, ou com disposição de bancar do próprio bolso o custo de sua eleição. Apesar dos partidos contarem com recursos próprios em seus fundos, os mandatários reservam as maiores fatias aos candidatos já apalavrados; eles existem em todos os municípios.
BARULHO
Há ruídos advindos da área da saúde estadual que, na boca miúda, podem provocar dissabores a muita gente. É um setor muito criticado por quem necessita dos cuidados hospitalares e por quem analisa os atos administrativos. Não é de agora que na área ecoa muito barulho.
PASPALHÃO
Não só impressiona os impropérios que saem da boca do ministro da educação, Abraham Weintraub, mas também as lorotas que emite quando escreve em suas mídias sociais. Sobrevive na pasta exatamente pelas bobagens que fala e pela mais completa negação da ciência. Nos últimos dias meteu os pés pelas mãos em relação ao Enem e tem justificado a confusão a uma suposta sabotagem. A verdade é que quem sabota a educação brasileira é o paspalhão, além de conspirar contra o bom funcionamento das universidades públicas. Educação não é a sua praia, mas para confusão não há PHD melhor para se afogar na função.
364
Observando de longe a atual bancada federal de Rondônia e cotejando suas ações aos antecessores que passaram pelo Congresso Nacional, é doído reconhecer que é a pior representação política de Rondônia em todos os tempos, com a rara exceção de Mauro Nazif. Um exemplo é a falta de capacidade política em cobrar do governo federal a duplicação da BR 364, rodovia que escoa boa parte da produção de grãos da região centro-oeste do Brasil, hoje conhecida como a rodovia da morte.
DESEMPENHO
Os poucos deputados federais e senadores que fazem um discurso ali, outro acolá, pedindo (mendigando) a duplicação da 364, em expedientes com as casas legislativas esvaziadas, o fazem como forma de justificarem o mandato. Não há um parlamentar federal que seja relacionado entre os membros do alto clero – grupo seleto de deputados e senadores que possuem prestígio para impor a força de suas vontades - que seja ouvido pelos poderes da República. Um ou outro usa da tribuna ou comissões como pirotecnia para que tais imagens sejam exploradas nas próprias redes socais, visto que em rede nacional aparecem tão somente em matérias depreciativas. O desempenho dos nossos representantes federais é uma lástima.
FIERO
Em maio a Federação das Indústria de Rondônia (Fiero) nos brindará com um evento que vai ultrapassar as fronteiras estaduais quando reunirá especialistas nacionais e estrangeiros para debater a Amazônia com foco na sustentabilidade. É uma luz que a entidade patronal estará propiciando aos setores produtivos e preservacionistas em discussões com caráter científico, e não ideológico, como tem sido a tônica das discussões atualmente. Quem participar sairá da obscuridade que muitos ingênuos insistem em permanecer.
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