A Unimed Porto Velho esteve presente em uma coletiva de imprensa a convite da Secretaria de Estado da Saúde de Rondônia na tarde desta quinta-feira, 4 de maio. A pauta da entrevista foi o projeto Mapeia Rondônia, que iniciou ontem com a testagem em larga escala da população e a situação de colapso da saúde do estado em meio à pandemia de Covid-19.
Na ocasião estiveram presentes o secretário de Estado da Saúde de Rondônia, Fernando Máximo, o presidente da Unimed Porto Velho, Robson Jorge Bezerra, o coordenador da comissão de Covid-19 do Hospital 9 de Julho, Rafael Horácio de Brito e o presidente do Sindicato de Estabelecimentos de Saúde do Estado de Rondônia, Rafael Augusto Oliveira.
O convite para a Unimed participar da coletiva de imprensa surgiu por parte de Fernando Máximo em uma reunião que aconteceu na manhã de hoje, no Ministério Público de Rondônia, com representantes do órgão, dos hospitais privados e do Sindicato de Estabelecimentos de Saúde do Estado.
Durante a reunião foi explanada a dificuldade que todas as instituições estão enfrentando em relação à aquisição de equipamentos para montagem de novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A Unimed Porto Velho relatou que está aguardando entrega de materiais que vem sendo adiada desde abril e a nova previsão é para que estes ventiladores cheguem em agosto.
O Ministério Público, sensibilizado com a situação emergente em que o estado se encontra, se comprometeu em auxiliar tanto a rede pública quanto privada nesta busca, de modo a agilizar a entrega dos equipamentos.
Na coletiva, o presidente da Unimed Porto Velho relatou a preocupação com a capacidade máxima de UTIs disponíveis não só no Hospital Unimed, como em toda a rede privada e ressaltou a extrema necessidade da população se manter em casa, para evitar a propagação do vírus, já que os leitos estão praticamente todos ocupados. "Estamos com dificuldades em adquirir medicamentos e insumos, como o mundo inteiro também está. Nós temos uma remessa de ventiladores prometida para ser entregue em agosto, mas mesmo assim conseguimos alguns equipamentos, permitindo aumentar nossa capacidade. As pessoas precisam se conscientizar porque as unidades estão no seu limite. O isolamento é extremamente necessário. Fiquem em casa", disse.
Questionado sobre a repercussão de uma carta endereçada ao Sistema Unimed, onde a cooperativa pede ajuda às Unimeds de outras regiões para compra de respiradores e insumos que auxiliarão na montagem de novos leitos de UTI, Robson Jorge esclareceu que apesar do documento ser interno, sua divulgação mostrou a realidade não só de Porto Velho, mas de todo o país. "Nós tivemos uma videoconferência com a Unimed Brasil e outras cooperativas e nos foi relatado que eles também estão enfrentando dificuldades para a compra de insumos. Quanto aos equipamentos, a cooperativa de Belém, Pará, nos ofereceu três respiradores, tendo em vista que os casos lá estão diminuindo. Apesar de existir a possibilidade de ocorrer um novo pico por lá, a proporção será menor, então esses três equipamentos já serão comprados para montagem de mais três leitos em nosso hospital", explicou.
Todos os entrevistados reforçaram a importância do isolamento social e da colaboração da população para o cumprimento das regras. Em alguns momentos da coletiva o secretário Fernando Máximo citou que apesar das autoridades adotarem medidas e comprarem equipamentos, se as pessoas não seguirem as orientações, o enfrentamento do Coronavírus vai se tornar cada vez mais difícil para todos. "Precisamos contar com a responsabilidade social. Muitas pessoas seguem as regras de distanciamento social da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde, mas outras, infelizmente, não seguem", finalizou. As orientações de todos os órgãos de saúde são as mesmas e pedem que todos aqueles que puderem, fiquem em casa para que vidas possam ser preservadas.
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