Por France Presse
Publicada em 01/10/2020 às 15h04
Uma ativista da Nicarágua, outro da Belarus, uma advogada de direitos humanos do Irã e um jurista de direitos civis dos EUA foram anunciados como os vencedores do Right Livelihood Award, também conhecido como o Nobel "alternativo".
A militante ecologista e em defesa dos direitos indígenas nicaraguense Lottie Cunningham Wren, o bielorrusso Ales Bialiatski e sua ONG Viasna, a advogada iraniana Nasrin Sotudeh (que está presa) e seu colega americano Bryan Stevenson compartilharam o prêmio.
Ole von Uexkull, diretor executivo da Right Livelihood Foundation, destacou que os vencedores deste ano estão unidos na "luta a favor da igualdade, da democracia, da justiça e da liberdade".
O Right Livelihood Award foi criado em 1980 pelo filantropo, escritor e político sueco-alemão Jakob von Uexkull, depois que a Fundação Nobel se negou a criar prêmios para destacar os esforços em áreas como o meio ambiente e o desenvolvimento internacional.
O prêmio consiste em milhão de coroas suecas (R$ 622 mil) para cada vencedor, destinado a apoiar o desenvolvimento de seu trabalho.
No ano passado, Davi Kopenawa, o líder yanomami, venceu o prêmio.
Premiados de 2020
Cunningham Wren foi escolhida por sua "incansável dedicação à proteção contra a exploração e o saque das terras e comunidades indígenas" na Nicarágua.
Bialiatski e Viasna, "por sua luta resoluta pela consolidação da democracia e os direitos humanos em Belarus". A Viasna, que significa primavera, foi fundada por Bialiatski em 1996, em resposta à repressão do governo do presidente Alexander Lukashenko na Belarus.
A advogada Nasrin Sotudeh foi premiada por por seu "ativismo destemido, com grande risco pessoal, para promover as liberdades políticas e os direitos humanos no Irã". Ela cumpre uma pena de 12 anos por defender mulheres detidas em protestos contra o uso obrigatório do hijab (véu).
Bryan Stevenson foi reconhecido por seu "esforço inspirador para reformar o sistema judicial penal dos Estados Unidos e estimular a reconciliação racial ante um trauma histórico".