Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 14/04/2021 às 15h07
Servidores – Acreditamos que o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB) tenha se equivocado ano assinar o Decreto 17.247/04/2021, que determina a volta ao trabalho presencial dos servidores públicos do município, que integram o grupo de risco do coronavírus. O decreto diz que “fica determinado o retorno presencial dos servidores públicos municipais de Porto Velho-RO enquadrados no grupo de risco em razão do enfrentamento da emergência na saúde pública referente a pandemia do novo coronavírus, covid -19, após a aplicação da segunda dose ou da dose única da vacinação contra a covid-19”. Ocorre que a CoronaVac, por exemplo, a mais utilizada na capital estipula um prazo de duas semanas, após a segunda aplicação, para que ela seja eficiente. Prudência e caldo de galinha...
Leite – Como se esperava a situação crítica dos produtores de leite de Rondônia, que estão sendo explorados pelos laticínios, por isso a mobilização e ameaça de paralisação total na entrega do produto, foi tema prioritário na sessão ordinária da Assembleia Legislativa (Ale), na tarde de ontem (13). Vários deputados ocuparam a tribuna e Lazinho da Fetagro, de Jaru, que está deixando o PT, disse que as empresas “tem agido com falta de responsabilidade com os produtores”. Lazinho defende que os laticínios divulguem o valor pago pelos laticínios pelo litro de leite adquirido dos produtores de maneira antecipada. “Eles pegam o produto, industrializam, vendem e pagam o que eles querem. O que é isso se não é roubo?”, questionou o parlamentar.
Leite II – Lazinho também defendeu que os laticínios divulguem o valor que será pago pelo litro de leite adquirido do produtor de forma antecipada. Segundo o deputado, as empresas vêm desrespeitando leis estaduais, incluindo a que proíbe o atraso no pagamento aos produtores. “Não existe respeito das empresas com o Estado de Rondônia”, alertou o parlamentar. Hoje o preço pago ao produtor é de R$ 1,20 pelo litro de leite. Nos supermercados o valor médio do litro do produto está em torno de R$ 4. A criação de uma comissão para intermediar ações entre produtores, governo do Estado e laticínios seria importante. E uma forma de chamar os proprietários dos laticínios à responsabilidade, pois recebem incentivos fiscais e tributários do Estado. Mais de 40% dos produtores já paralisaram a entrega.
Federal – A deputada estadual Cássia Muleta (Podemos-Jaru) deverá concorrer à reeleição. A Família Muleta, tradicional em Jaru e região tem, além de Cássia, mais dos nomes em condições de disputar as eleições gerais do próximo ano, quando serão eleitos presidente da República, governadores e seus vices; uma das três vagas ao Senado, Câmara Federal e Assembleias Legislativas. Além de Cássia à reeleição, o seu marido, João, que já foi deputado federal e estadual poderá concorrer novamente à Câmara Federal. O irmão de João, Amauri, que foi deputado estadual e secretário de Estado na gestão do ex-governador Valdir Raupp (MDB) deverá decidir com o irmão João, quem será candidato a federal na dobradinha com Cássia.
Reformulação – Há quem aposte, que teremos mais de 50% dos atuais deputados estaduais não se reelegendo nas eleições do próximo ano. Dentre os 24 parlamentares, nenhum deles está sendo apontado como provável candidato ao governo do Estado, Senado ou Câmara Federal, nas eleições de 2022. Quem concorrer deverá optar pela reeleição, segundo os mais atentos observadores da política, e garantem, que a maioria não terá sucesso. Em 2014 a renovação no parlamento estadual esteve em torno de 70%, e em 2018, 50%. As apostas estão abertas.
Respigo
Os táxis clandestinos de Porto Velho, que sempre foram o “calcanhar de Aquiles” do transporte coletivo urbano estão sentindo diretamente a liberação do uso dos ônibus de forma gratuita pela prefeitura. Hoje já é possível notar que os ônibus estão circulando com a lotação adequada, devido a pandemia e os clandestinos à espera de usuários +++ ““Aprovamos em 2012 uma lei (Lei 12.699/2012) estabelecendo que o preço do leite precisa ser negociado no Conseleite e informado até o dia 25 de cada mês, mas são poucas indústrias que cumprem essa lei, então cabe ao poder público fiscalizar e exigir o cumprimento da lei”, destaca o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) ao se manifestar sobre o protesto de produtores de leite de Rondônia. A lei existe, mas é ignorada pelos laticínios, esquecida pelos produtores e o momento exige uma participação maior e mais efetiva do Conselho Paritário de Produtores e Indústrias de Leite do Estado de Rondônia-Conseleite +++ Protesto como da última semana de jogar o leite em praça pública não é o caminho. Negociar e exigir o cumprimento da lei são fundamentais, pois Rondônia é o maior produtor de leite do Norte do País com 1,6 milhão de litros/dia.