Publicada em 07/11/2022 às 10h44
Em uma declaração conjunta neste domingo (6), 10 países europeus, membros do Grupo de Trabalho sobre Direitos Humanos e Trabalhistas da UEFA, pressionou a FIFA por uma resposta definitiva sobre um fundo de compensação para trabalhadores e a criação de um centro de trabalhadores migrantes em Doha.
O Catar rejeitou na sexta-feira (4) os pedidos da Anistia Internacional e do Human Rights Watch para criar um fundo de indenização para os trabalhadores mortos ou feridos nos preparativos da Copa do Mundo de futebol.
"A FIFA se comprometeu repetidamente a fornecer respostas concretas sobre essas questões - o fundo de compensação para os trabalhadores migrantes e o conceito de um centro de trabalhadores migrantes a ser criado em Doha - e continuaremos a pressionar para que elas sejam entregues", lê-se no comunicado.
"Acreditamos no poder do futebol para fazer mais contribuições positivas e críveis para uma mudança sustentável progressiva no mundo", disse.
Nessa declaração, o grupo da UEFA disse reconhecer que foram feitos "progressos significativos" no que diz respeito aos direitos dos trabalhadores migrantes.
O grupo pediu ainda garantias do governo do Catar e da FIFA sobre a segurança dos torcedores na Copa do Mundo, incluindo a comunidade LGBTQIA+.
"Também reconhecemos que todos os países têm problemas e desafios e concordamos com a FIFA que a diversidade é uma força", acrescentou. "No entanto, abraçar a diversidade e a tolerância também significa apoiar os direitos humanos. Os direitos humanos são universais e se aplicam em todos os lugares."
O grupo da UEFA é composto por 10 nações: Inglaterra, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Holanda, Noruega, Portugal, Suécia, Suíça e País de Gales. Dessas, 8 irão participar da competição.
Os capitães dessas oito equipes que jogarão na Copa se comprometeram a usar braçadeiras escrito One Love (Um Amor), uma violação das regras da FIFA.