Publicada em 11/04/2023 às 11h38
Trata-se de segunda etapa da investigação que, no início deste mês (01 e 02 de abril de 2023), levou a destruição, por meio de explosão, de uma ponte construída ilegalmente para dar acesso ao Parque Aripuanã, situado em Rondônia. Tal ponte foi construída por madeireiros que retiram ilegalmente produtos florestais da terra indígena.
Além do trabalho que levou à explosão da ponte, outras estruturas criadas pelos criminosos também foram destruídas, inclusive ponto construído para controle de acesso ao local e que servia de apoio para criminosos.
A investigação apontou homem responsável pela construção, manutenção, organização e controle de acesso à terra indígena por meio da ponte.
A ponte foi reconstruída, pela terceira vez, em fins de 2022, mesmo após duas explosões feitas pela PF em 2020 e 2022.
A investigação apontou a capacidade dos criminosos para angariar fundos e recursos para rápida reconstrução das estruturas utilizadas e que possibilitavam a retirada de madeiras da área de preservação.
Trabalhos da Polícia Federal, inclusive com utilização de satélites, permitiram o acompanhamento das ações criminosas na região e atuação eficiente de combate aos crimes ambientais em curso. Laudo pericial apontou dano ambiental, apenas nas proximidades de tá ponte destruída, avaliado em mais de meio milhão de reais.
Nesta data são cumpridos dois mandados de busca e apreensão na cidade de Espigão d’Oeste/RO, em desfavor de quadro investigados. Além de tais mandados, haverá cumprimento de outras determinações decorrentes de decisão da Vara da Justiça Federal em Vilhena/RO, após deferimento parcial de Representação encaminhada pela Delegacia de Polícia Federal em Vilhena/RO.
A investigação segue em curso na Delegacia de Polícia Federal em Vilhena/RO. Atuaram nos trabalhos relacionados à Op. Espanta-Lobos mais de 20 Polícias Federais.
Além da investigação pelos crimes ambientais e outros conexos, também está sob apuração ameaça encaminhada à Polícia Federal por parte de criminoso investigado.
Um dos investigados, após a destruição da ponte no ano de 2022, encaminhou ameaças explícitas a Polícia Federal, devendo responder, além das práticas relacionadas à destruição das florestas brasileiras, pelas ameaças proferidas contra os servidores públicos atuantes no combate aos crimes ambientais na região.
Os investigados responderão por associação criminosa, furto qualificado, receptação, crimes ambientais, falsidade ideológica e ameaça, além de outros delitos que venham a ser identificados no decorrer dos trabalhos policiais.
Além disso, durante o cumprimento de buscas, um dos investigados foi encontrado em posse de drogas para consumo pessoal e foi conduzido para as formalizações necessárias atinentes ao previsto na Lei n. 11343/2006 (Lei de Drogas).
Eventuais informações sobre crimes ambientais, em especial em prejuízo ao Parque Aripuanã e Reserva Roosevelt, podem ser encaminhadas à PF através do telefone 69 - 3316-1600, inclusive de forma anônima.
Segue a PF em Rondônia atuando de modo firme contra crimes ambientais e indivíduos responsáveis, em qualquer etapa, pela destruição de florestas protegidas e que gerem riscos às comunidades indígenas da região.