Publicada em 23/10/2023 às 14h49
A Assembleia-Geral da ONU vai se reunir na quinta-feira (26) para discutir a guerra desatada pelo ataque do grupo terrorista Hamas em solo israelense, anunciou o presidente, Dennis Francis, em carta aos Estados-membros.
A reunião será celebrada a pedido de vários países, em particular a Jordânia em nome do grupo árabe, além de Rússia, Síria, Bangladesh, Vietnã e Camboja, porque o Conselho de Segurança não conseguiu chegar a um acordo sobre uma resolução relativa a este conflito.
Participam da reunião todos os 193 estados-membros da ONU, além de observadores, como a Autoridade Palestina, por exemplo.
Esse tipo de encontro ocorre quando existe a necessidade de recomendações urgentes acerca de uma questão, como uma guerra, em que o Conselho de Segurança das Nações Unidas não tenha conseguido "exercer sua responsabilidade primária na manutenção da paz e segurança internacionais em qualquer caso em que haja ameaça à paz, quebra da paz ou ato de agressão", segundo a própria ONU.
O caso mais recente que ensejou uma sessão emergencial da Assembleia-Geral foi a invasão da Ucrânia pela Rússia, no começo do ano passado. Naquela ocasião, a Rússia vetou uma proposta de resolução.
Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança — Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Rússia — têm poder de veto sobre resoluções apresentadas pelo conselho.
Entre os principais pontos do projeto de resolução apresentado pelo Brasil estavam a condenação dos atos terroristas do Hamas em Israel, no fim de semana de 7 e 8 de outubro, além de uma pausa no conflito para a entrada de ajuda humanitária à população civil de Gaza.