Publicada em 27/10/2023 às 15h50
Com informações da PF
Porto Velho, RO – Na última quinta-feira, 26 de outubro, a Polícia Federal (PF) iniciou a Operação Via Adamas, visando combater a venda de diamantes extraídos de maneira ilegal no estado de Rondônia, com destino ao estado de São Paulo.
Durante a ação, foram executados cinco mandados de busca e apreensão em diversas cidades, incluindo Cacoal/RO, Tupaciguara/MG, Ituiutaba/MG, Patos de Minas/MG e Sorocaba/SP. As ordens judiciais foram emitidas pela 2ª Vara Federal Cível e Criminal da SSJ de Cáceres/MT.
Enquanto cumpriam um desses mandados em uma residência suspeita de receber os diamantes comercializados ilegalmente, uma prisão em flagrante foi efetuada. Além disso, foram encontrados documentos de identidade e uma carteira de couro contendo o brasão da República Federativa do Brasil, com a inscrição "ordem do mérito cívico e cultural – comendador", o que caracterizou a prática do crime de falsificação ou uso indevido de símbolos de entidades da Administração Pública. Este delito prevê pena de reclusão de dois a seis anos, além de multa.
Em Tupaciguara, as buscas resultaram na descoberta de 12 pedras verdes, que passarão por perícia para confirmar se são, de fato, gemas preciosas.
A origem das investigações remonta a um flagrante realizado pela Polícia Rodoviária Federal, na cidade de Pontes e Lacerda/MT, em agosto de 2021. Nesse incidente, um casal foi detido com 23 diamantes adquiridos em Cacoal. O mesmo suspeito, em 10 de outubro de 2022, foi novamente preso em Juiz de Fora/MG com uma carga de alexandrita avaliada em mais de 128 milhões de reais.
As investigações revelaram que o esquema era orquestrado por uma associação criminosa sediada em Minas Gerais, que intermediava a compra e venda de pedras preciosas extraídas no norte do país, atravessando o estado de Mato Grosso com destino à região sudeste.