Publicada em 27/02/2024 às 13h44
Eleições – As eleições à sucessão municipal em Ji-Paraná prometem disputa ferrenha, caso os nomes ventilados sejam confirmados nas convenções, que serão realizadas no período de 20 de julho a 5 de agosto. Hoje, além do prefeito Isaú Fonseca (UB), os nomes em maior evidência são do deputado estadual Laerte Gomes (PSD), com um currículo político invejável (prefeito de Alvorada do Oeste, terceiro mandato de deputado e o mais bem votado em 2022 (25.603 votos). Também é líder do governo na Assembleia Legislativa (Ale) e na quinta-feira (29) assumirá a presidência do Parlamento Amazônico, que reúne 9 Estados do Norte. Na lista também o ex-secretário de Estado da Saúde. João Durval (PP), e Jesualdo Pires (PSB), ex-prefeito, ex-deputado estadual. O ex vice-governador e ex-deputado estadual, Airton Gurgacz (PDT) também está na relação, mas não se manifestou, publicamente, sobre a possibilidade de uma pré-candidatura.
Eleições II – No quadro atual de pré-candidatos fica difícil apontar um favorito. Isaú é um ótimo articulador e, após ser afastado do cargo, pela Justiça, devido a denúncias de corrupção, retornou depois de mais de cinco meses e, certamente, usará com muita competência a pecha de vítima. Isaú ficou um longo período fora e conseguiu retornar, ou seja, a princípio, não deve pelo que foi acusado, caso contrário não conseguiria reassumir o cargo. O presidente do PP no município, médico João Durval é sempre um candidato com potencial de voto e está na lista de favoritos. Outro fator importante: tem rejeição mínima, e isso é fundamental na política.
Eleições III – Com mais de 190 mil votos nas eleições de 2018, quando foi candidato a senador, Jesualdo Pires é um pré-candidato com enorme potencial de votos. O problema é que em Ji-Paraná não temos eleições em segundo turno. Em Rondônia, só ocorre em Porto Velho, que tem colégio eleitoral acima de 300 mil votos. Eleições em segundo turno pode ocorrer somente em municípios com colégio eleitoral acima de 200 mil votos. Como Laerte, Jesualdo e Isaú são de segmentos de eleitores parecidos, João Durval pode ser favorecido devido a divisão do eleitorado. E o PT, presidido no Estado pelo ex-deputado federal Anselmo de Jesus, pai da deputada estadual Cláudia de Jesus, de Ji-Paraná, ainda não se manifestou sobre candidatura majoritária no município. Não estaria descartada uma parceria com o PSB tendo Jesualdo na cabeça.
Porto Velho – A situação na capital não é diferente, pois temos uma dezena de pré-candidatos, a maioria com possibilidade de sucesso, mas as possibilidades de ser eleito no primeiro turno são mínimas. É fundamental que o candidato que tiver chances de chegar ao segundo turno, não seja tão agressivo no primeiro, para se evitar incoerência na disputa polarizada entre os dois mais bem votados. Fica difícil dizer, que o adversário é desqualificado e, no segundo turno ele ter que depender do seu apoio para conseguir sucesso nas urnas. Hoje a ex-deputada federal Mariana Carvalho (Republicanos), o presidente da Ale-RO, deputado Marcelo Cruz (Solidariedade), os deputados federais Cristiane Lopes (UB) e Fernando Máximo (UB), ex-deputado federal Léo Moraes (Podemos), professor universitário, Vinícius Miguel (PSB) são alguns nomes em condições de concorrer à sucessão municipal na capital.
Porto Velho II – O MDB, que empossou recentemente o ex (deputado estadual, secretário de Saúde do Estado e de Porto Velho), assumiu a presidência do MDB da capital e está organizando o partido para as eleições de outubro próximo, quando serão eleitos –e reeleitos– prefeitos, vices e vereadores. Na última semana o noticiário político se concentrou na possibilidade de o deputado estadual Alan Queiroz (Podemos) se filiar ao MDB, após encontro com o senador Confúcio Moura, maior líder do partido em Rondônia. Após enorme repercussão na mídia regional, que, além de Alan, seu irmão, Júnior Queiroz, vereador em Porto Velho, também estaria deixando o Podemos para se filiar ao MDB, o deputado colocou no ar um vídeo anunciando que permaneceria no Podemos, presidido pelo ex-deputado federal e diretor-geral do Detran-RO, Léo Moraes. Amarelou?!
Respigo
É importante destacar, que no caso de um político com mandato mudar de partido, só é possível nas chamadas “janelas”. Fora disso a mudança só pode ocorrer com a conivência do diretório do partido, por escrito, que o político esteja filiado, ou ele tenha motivos legais para deixar a sigla +++ Talvez por isso, Alan Queiroz tenha recuado da possibilidade de se filiar ao MDB e concorrer como candidato a prefeito da capital. Teve que recusar o convite de Confúcio e Pimentel +++ Aparentemente o MDB estaria bem dividido em Rondônia. O presidente, reeleito, deputado federal Lúcio Mosquini, assinou pedido de impeachment do presidente Lula +++ Já o senador Confúcio Moura é aliado linha de frente de Lula inclusive, com possibilidades de assumir um Ministério. E durma-se com um barulho desses +++ Quatro cursos estão sendo ministrados na Escola do Legislativo, mantida pela Ale-RO, na sua sede em Porto Velho. A escola trabalha na qualificação dos servidores da Casa do Povo, mas também atende os demais órgãos públicos (federal, estadual e municipal) +++ As vagas excedentes são disponibilizadas para a comunidade em geral +++ Segundo o diretor-geral da escola dos deputados, Alexandre Silva, foram abertos na segunda-feira (26) os cursos de Filmagem, Edição de Vídeos em Celular, e de Fotografia, ambos pela manhã (8h às 12h) +++ À tarde (14h às 18h), estão em andamento as disciplinas de Técnicas em Secretariado e de Produção de Texto, todos com 20 horas/aula de duração. O encerramento será na sexta-feira (1º).