Publicada em 05/11/2024 às 15h56
Novos voos da FAB dependem de 'demanda' e condições de segurança; passagem em voo comercial será paga pelo próprio passageiro. Ao todo, 2.017 pessoas foram repatriadas.
O governo Luiz Inácio Lula da Silva decidiu interromper, por tempo indeterminado, o envio de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) ao Líbano para repatriar brasileiros que desejam fugir do confronto entre Israel e o grupo extremista Hezbollah.
Até esta quarta (5), dez voos fizeram o trajeto de ida e volta entre a capital do Líbano, Beirute, e o território brasileiro. Ao todo, 2.071 passageiros foram transportados, entre brasileiros e parentes de primeiro grau.
No início da operação, o Ministério das Relações Exteriores informou que 3 mil brasileiros tinham demonstrado interesse em voltar ao país.
Três brasileiros, todos menores de idade, morreram desde a escalada do conflito em outubro – incluindo uma bebê de 1 ano.
Em mensagem divulgada por canal oficial, a Embaixada do Brasil no Líbano informou à comunidade local que não há data para a próxima viagem em voo da FAB.
"A realização de novo voo de repatriação dependerá da demanda por parte de pessoas que se enquadrem nas prioridades definidas em lei, como também das condições de segurança", diz o Itamaraty.
Na mesma mensagem, o governo informa que fez acordo com a Middle East Airlines para que brasileiros tenham prioridade de embarque para Madri (Espanha) e Frankfurt (Alemanha).
"Reserva e compra de bilhete cabem, naturalmente, aos interessados", diz a Embaixada – deixando claro que o governo não vai mediar e nem custear essas passagens.
"A Embaixada do Brasil reitera a recomendação de que os nacionais residentes ou de passagem pelo Líbano deixem o país por meios próprios", diz outra mensagem enviada aos brasileiros.