Publicada em 02/01/2025 às 11h46
Posse – Desde a quarta-feira (1º) que Porto Velho e os demais municípios (51) empossaram os prefeitos que foram reeleitos e eleitos em outubro do último ano. Na capital o prefeito Leo Moraes (Podemos) tem um enorme desafio, pois está na sucessão de Hildon Chaves (PSDB), que administrou a Capital durante dois mandados seguidos com institutos especializados em pesquisas indicando índices de aprovação em torno de 90%. São números elevados, questionáveis, mas Chaves deixou um bom legado, pois se destacou na pavimentação da cidade, iluminação pública, transporte fluvial de alunos, razoável para bom na saúde, pois Porto Velho tem uma área rural enorme e boa parte acessível somente pela água. Item da maior importância, não se constatou denúncias de corrupção, muito comum na política, infelizmente. E entregou, mesmo que de forma parcial, pois a obra, ainda, não está construída, o Terminal Rodoviário, obra de enorme relevância social.
Posse II – O prefeito Leo Moraes em solenidade concorrida no Complexo Ferroviário Madeira-Mamoré assumiu a administração do município e terá muitos desafios pela frente nos próximos 4 anos, sendo o maior deles o saneamento básico. Porto Velho tem menos de 5% de esgoto na área central tendo como “estação de tratamento” o Rio Madeira. Roberto Sobrinho (PT), prefeito em dois mandatos seguidos conseguiu recursos federais de R$ 600 milhões (na época Governo Lula) para saneamento básico. Anos depois os recursos retornaram à origem, devido a ação judicial patética de um ex-vereador, que também passou pela Assembleia Legislativa (Ale), porque o governador era de oposição (Ivo Cassol) e, anos depois os CR$ 600 milhões retornaram à origem, porque não conseguiram elaborar o projeto. O saneamento básico é um dos desafios de Leo, além de a mobilidade urbana, que é péssima em Porto Velho.
Futuro – O prefeito Leo Moraes terá que usar toda a sua habilidade política que conseguiu durante os mandatos de vereador e deputado (estadual e federal) e com o saudoso pai (Paulo), que foi vereador, presidente da câmara, deputado estadual diretor do Detran-RO e secretário de Segurança Pública e a mãe (Sandra) ex (vereadora e presidente da câmara). A prioridade é o ajuste com os vereadores. Como concorreu em “carreira solo” não conseguiu eleger nenhum dos 23 (antes era 21) vereadores e terá que trabalhar muito politicamente, pois não há como administrar com segurança sem o apoio do Parlamento Mirim. Administração pública exige negociação (não confundir com negociata), pois visa atender a maioria de a população e a parceria com os vereadores é necessária, fundamental. Leo se elegeu em segundo turno numa eleição dificílima tendo como adversária a ex-vereadora e ex-deputada federal Mariana Carvalho (União), que venceu o primeiro turno e teve o apoio do prefeito Hildon Chaves.
Futuro – Desde a sua eleição em outubro último, a apresentação da nominata do secretariado era aguardada com expectativa em todos os segmentos da população. Antes da posse Leo anunciou somente o superintendente e Comunicação, Paulo Afonso Ferreira Júnior e os demais somente em seguida a solenidade de posse. Alguns nomes são conhecidos e já demonstraram competência por onde passaram. Mas administração pública é complexa, porque envolve interesses da população, não de segmentos isolados. É preciso analisar a administração não somente explorando os defeitos, porque nada é 100%, pois não é fácil levar avante o planejado, pois na prática tudo muda. Que o Piazão, como dizem os gaúchos, se ajuste com os vereadores e ao orçamento, que não foi elaborado por ele e sua equipe, mas pela do antecessor, e que tenha mais acertado que errado na escolha do secretariado. Que o prefeito Leo consiga colocar na prática os projetos para que Porto Velho não só se mantenha, como amplie sua escalada rumo ao progresso e o desenvolvimento, e que os vereadores ajudem e não atrapalhem sendo parceiros sem conivência. Os nomes de os adjuntos não foram divulgados.
Câmara – A escolha da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Porto Velho para os próximos dois anos ocorreu na posse dos vereadores, antes da solenidade, que empossou o prefeito Leo Moraes. E a eleição de o vereador Gedeão Negreiros (PSDB) como presidente não foi surpresa, porque vem de família tradicional da política local. Também estão na direção do Parlamento Mirim da capital os vereadores Edmilson Dourado (União),1º vice; Fernando Silva (Republicanos) 2º vice; Devonildo de Jesus Santana, (Dr. Santana-PRD) 3º vice. Na 1ª secretaria Marcos Combate (Agir); 2ª secretaria Elis Regina (União) e na 3ª secretaria Wanoel Martins (PSD). A escolha de A escolha de Gedeão presidente, mesmo sendo o primeiro mandato não foi surpresa, pois seu nome já era comentado, após as eleições de outubro.
Respigo
Choveu torrencialmente em Porto Velho desde à noite de terça-feira (31) e havia preocupação com a solenidade de posse de o prefeito Leo Moraes (Podemos), dos vereadores e o anúncio do secretariado do Poder Executivo municipal. O evento estava marcado para às 16h e, por volta das 13h parou de chover e as posses ocorreram sem problemas com ótima participação popular +++ O ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB), deixou a prefeitura da capital, mas não a política. Ele é presidente da Associação Rondoniense dos Municípios-Arom até o final do ano de 2026 +++ Na noite de primeiro de janeiro já circulou áudio nas redes sociais com Hildon falando do seu mandato, que agora terá prioridade, pois não terá que dividir os trabalhos na Arom com a prefeitura. A Arom só funcionou bem no atendimento aos municípios menores, que mais precisam da entidade com os ex-prefeitos Carlos Magno (Ouro Preto do Oeste) e Laerte Gomes (Alvorada do Oeste), hoje deputado estadual e presidente do Parlamento Amazônico +++ A passagem do ano em Porto Velho e região foi com chuva fraca, mas torrencial. Dizem os videntes e profetas quer teremos um ano bom.