POLÍTICA Sergio Moro: TRE-PR volta a apontar falhas e indica desaprovação de prestação de contas da campanha Publicada em 23/11/2022 às 09:21 A área técnica da Justiça Eleitoral voltou a apontar falhas e se manifestou pela reprovação da prestação de contas de campanha do ex-juiz e senador eleito pelo Paraná Sergio Moro (União Brasil). No começo do mês, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR) havia identificado inconsistências em informações e não entrega de documentos exigidos, como extratos bancários. Conforme o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a campanha de Moro gastou R$5.103.465,24. A decisão, de terça-feira (22), rejeita a defesa e a retificação feita à exigência do órgão. Cita, ainda, que a entrega de prestação de contas que não corresponde à movimentação feita caracteriza "infração grave". Veja abaixo detalhes. "A falta ou o atraso no envio das informações que deveriam constar da prestação de contas parcial frustra a transparência durante o pleito eleitoral e compromete a fiscalização contemporânea à arrecadação de receitas e contratação de gastos", ressalta um trecho. Na manifestação anterior, a defesa de Moro havia afirmado que “que o mero atraso, quando não significativo, impõe mera ressalva na análise da prestação de contas". Agora, o senador eleito tem três dias para se manifestar outra vez sobre a análise. Por nota, o advogado de defesa Gustavo Guedes afirmou que vai se manifestar no prazo e que vai demonstrar que "as inconsistências são meramente burocráticas e não comprometem a regularidade e segurança das contas de campanha". Retificações Em 10 de novembro, a equipe de Sergio Moro enviou uma retificação da prestação de contas. Após analisada, a área técnica manteve 10 apontamentos, entre gastos não explicados e ressalvas. Reveja aqui os problemas apontados anteriormente Sobre doações financeiras, foram mantidas as inconsistências em relação às enviadas depois do prazo legal, que totalizam R$ 153 mil a partir de sete doações com data de recebimento em 28 de outubro. A defesa de Moro, para explicar o assunto na primeira manifestação, havia afirmado que “apesar da irregularidade mínima constatada, é cogente o entendimento de que o mero atraso, quando não significativo, impõe mera ressalva na análise da prestação de contas". Também são apontados problemas nas informações repassadas pela campanha na prestação de contas sobre adesivos e materiais impressos compartilhados com outros candidatos e candidatas, no valor total de R$ 61.770. Isso porque, segundo a área técnica, não há registro dos outros candidatos terem sido beneficiários da verba. O órgão afirmou, ainda, que não foram explicadas nem regularizadas falhas nas despesas pagas com recursos do Fundo Partidário (R$ 34.716,50), como pagamento feito acima do valor contratado e contratos sem assinaturas. Em relação ao Fundo Especial de Financiamento de Campanha, há falhas em R$ 6.868,64, sendo a maior parte de ausência de contrato. Sobre despesas gastos com outros recursos, há falta de assinatura e locação de veículo objeto de cessão gratuita. Um outro ponto citado pelo relatório é a divergência em uma nota fiscal no valor de R$ 11.706,32, junto a uma empresa de viagem. Ainda em relação a notas fiscais, a área técnica apontou omissão de dados na prestação de contas junto a outra empresa. Na manifestação, a área técnica ressalta divergência de cerca de R$ 280 mil entre a prestação de contas parcial e a final. Se na parcial o gasto com adesivos, eventos de candidatura, fundo de caixa e programas para TV e rádio da prestação foi de R$ 624.870, na prestação final o valor informado foi de 343.955. Segundo o TRE, isso dificulta "medidas de controle concomitante, transparência e fiscalização". Em manifestação, a defesa de Moro havia afirmado que a crítica “não condiz com a realidade fática a relação apresentada, pois as poucas ocorrências em que os dados informados na prestação de contas parcial não coincidem com a prestação de contas final decorrem de ajustes, recomposição dos serviços ou o seu cancelamento". A mesma avaliação de problemas primeira e segunda prestação de contas é feita sobre gastos realizados e não informados à época da etapa parcial. Eles totalizam R$ 521.966,44 entre 64 fornecedores. No parecer, a Justiça definiu o problema como "infração grave, salvo justificativa acolhida pela justiça eleitoral". Gastos de campanha Ainda de acordo com o TSE, o segundo maior gasto da campanha de Moro foi com despesas em 23 contratações de impulsionamento de conteúdos. Foram R$ 584.005,00 gastos. Veja outros: R$ 435 mil descritos como serviços de comunicação e estratégias de marketing; R$ 425.883,28 para uma empresa de táxi aéreo, com serviço descrito como 10 fretamentos de aeronave; R$ 315.425,00 com produção de programas de rádio, televisão ou vídeo. Nas informações enviadas pela campanha ao órgão, consta que quase 37% das receitas da campanha vieram do Fundo Partidário (R$ 1.884.000,00). A maior parte tem origem Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), que é público. Foram R$ 2.223.600,77, o equivalente a 43,5%. Fonte: G1 Leia Também Sergio Moro: TRE-PR volta a apontar falhas e indica desaprovação de prestação de contas da campanha Uma pessoa morre e outras ficam feridas após explosão nos arredores de Jerusalém Sobe para 271 número de mortos em terremoto de magnitude 5,6 na Indonésia Diretoria do SINJUR comemora pela quarta vez Prêmio Diamante de Qualidade concedido pelo CNJ ao Poder Judiciário de Rondônia Uso de máscaras volta ser obrigatório em aviões e aeroportos a partir de sexta-feira, 25 Twitter Facebook instagram pinterest