Vice-governador apoia paralisação de carretas nas rodovias contra ‘‘resultados fraudados pelas urnas eletrônicas’’; ele não apresenta provas

Porto Velho, RO – José Atílio Salazar Martins, o Zé Jodan, vice-governador de Rondônia concedeu entrevista ao programa “Pinga Fogo”, veiculado pela 104,9 FM de Rolim de Moura, atração apresentada por Arno Voigt.

A partir do minuto 18, Jodan, rejeitado pelas urnas em 2022 – concorreu ao cargo de deputado estadual recebendo pouco mais de 2,8 mil votos –, começa a tecer ilações sobre fraude no processo eleitoral.

Ele chegou a sugerir que se dependesse dele, caso fosse governador, haveria “critérios” de passagem pelas rodovias, corroborando com as paralisações que atentam contra a Constituição Federal e afrontam decisões judiciais vigentes.No ponto-auge das declarações, ele faz acusações graves e sem provas acerca do processo eleitoral brasileiro. "Esse movimento de parar os caminhões é para demonstrar a nossa indignação contra os resultados fraudados pelas urnas eletrônicas", indica. Confira trechos transcritos e, ao fim, a íntegra da entrevista em vídeo.

Minuto 18:00

“Agora, aceitar uma derrota na trapaça, não! Na fraude, não! Nós não aceitamos. Nem o presidente da República, nem o ministro da Defesa nem os generais das Forças Armadas”, anotou.

Minuto 19:32

“Você que votou no PT, não tenho nada contra. Mas se coloca do nosso lado e veja a trapaça que tem aí com votos a partir das 18h, das 17h. Aí os votos de dez em dez segundos, um voto. E não tem voto pra deputar nem pra governo [...] só pra presidente”.

Minuto 20:15

“E o povo do bem, o povo que está nos movimentos, olha a organização, não tem sujeira, não tem lixo, não tem quebradeira, não tem baderna. O que aconteceu não Estado de Rondônia, em Ariquemes não foi a turma do movimento verde e amarelo”.

“[...] Foi do outro lado. Então nós do verde e amarelo nós respeitamos. E eu estava como govenador. Saiu fake news. Que um promotor havia me intimado para reunir as forças [de Segurança] para tomar providências a fim de desobstruir as rodovias. [...] Não recebi. Nem no e-mail da Vice-Governadoria nem no SEI, este pedido. Mas se tivesse recebido minha posição seria chamar o nosso comandante da nossa Polícia Militar (PM), Ambiental os delegado-chefe da Polícia Civil (PC), a nossa SESDEC, a nossa Força Nacional e a nossa Polícia Federal e dizer: olha, não é para colocar a mão nos trabalhadores”.

OBSERVAÇÃO: o que o vice-governador chama de notícia falsa (fake news) é uma publicação do próprio Ministério Público falando sobre recomendação expedida pelo procurador-geralo de Justiça  Ivanildo de Oliveira no dia 18 de novembro. A recomendação dirigida ao então governador do Estado em exercício, José Jordan, solicitava "providências urgentes a serem adotadas frente à nova onda de mobilizações desencadeada nesta data em diversos pontos da BR 364, principal rodovia federal de Rondônia e Acre" [CLIQUE AQUI E LEIA]

Minuto 22:25

“[...] Então da minha parte, este homem estando no governo não iria tomar nenhuma posição e ordem para tirar na marra ninguém. Teria de ser no diálogo, como passar as viaturas, vamos passar os velhinhos, vamos passar as ambulâncias, as cargas-vivas, vamos passar aquilo que é mercadoria perecível, na ordem. E respeitar o povo que trabalha. Que quem está na movimentação é o povo trabalhador”.

Minuto 24:46 

“[...] Esse movimento de parar os caminhões é para demonstrar a nossa indignação contra os resultados fraudados pelas urnas eletrônicas. Os resultados que não condizem com a verdade. [...] Isso é chamar a nós todos de trouxa”.

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