OPINIÃO Como será o amanhã na política regional e nacional? Publicada em 17/12/2022 às 10:28 O título é oportuno, sugestivo e da maior importância, quando vivemos um momento delicado política, econômica e socialmente no País. A música “O Amanhã”, samba imortalizado por Simone, composto por João Sérgio da Silva Filho há décadas continua atualíssimo. Em outubro último tivemos eleições gerais e, no segundo turno, Lula da Silva (PT) se elegeu presidente da República, superando o presidente Jair Bolsonaro (PL), que concorreu à reeleição. Até aí, “morreu Neves”. Desde a apuração dos votos teve início em todo o País uma mobilização monstra de boa parte da sociedade, que não aceita a vitória de Lula, com a alegação de fraude nas urnas eletrônicas com as benesses do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), presidido pelo ministro Alexandre de Moraes, o “Xandão”, hoje, talvez, a pessoa mais odiada no Brasil atual. Com a mudança radical no comando do País, passando da direita para a esquerda (Bolsonaro para Lula, respectivamente), a partir de janeiro do próximo ano, o que esperar do amanhã?! Ou como diz a letra: “como será o amanhã”? Em Rondônia pouco ou nada mudará na administração estadual, onde o governador Marcos Rocha (UB) foi reeleito, no segundo turno, para mais um mandato no comando do Estado. Rocha fez um governo discreto, mas eficiente, sem escândalos e obras faraônicas. Utilizou um sistema simples, o arroz com feijão, aplicando projetos importantes, como “Tchau Poeira”, “Governo na Cidade”, “Prato Fácil”, “Porteira Aberta", além de ótimo trabalho na área social com o comando da primeira dama, Luana Rocha. Marcos Rocha, ainda, não anunciou o secretariado. Somente a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) já tem o novo titular, o advogado e jornalista, Luiz Paulo. Na Secretaria Estadual de Comunicação Social (Secom) deve permanecer a atual titular Rosângela Aparecida da Silva, que comanda o setor com discrição e competência. O cargo político mais importante do governo, a Casa Civil deverá ser mantida com o comando do criticado, mas eficiente Júnior Gonçalves, que tem muito a ver com o bom desempenho político-econômico do governo nos primeiros 4 anos. A expectativa maior é sobre o cargo, que será ocupado pelo experiente ex-deputado (federal e estadual), ex-prefeito e ex-secretário de Estado, Carlos Magno, que formou o tripé de ações na campanha de Rocha, completado por Luana e Júnior. Magno foi fundamental na arrancada de Rocha no segundo turno. O governador-reeleito não deverá ter problemas na Assembleia Legislativa (Ale), que foi renovada. A partir de 1º de fevereiro, 13 dos atuais deputados terão os mandatos encerrados. Somente 11 dos 24 conseguiram a reeleição. Cinco dos eleitos são filiados ao União Brasil, partido presidido no Estado por Marcos Rocha, que não deverá ter dificuldades no relacionamento com o legislativo estadual, pois tem amplo trânsito com os parlamentares das demais siglas. Na Câmara Federal a situação de Rocha também é cômoda, Dois oitos deputados de Rondônia, quatro são do União Brasil, dois do PL, partido aliado ao UB e dois do MDB, que apoiou Rocha na campanha de reeleição. Nas eleições gerais de outubro último, das três vagas ao Senado, somente uma delas esteve em disputa, a do senador Acir Gurgacz, presidente do PDT em Rondônia, que estava inelegível e não conseguiu o registro da candidatura. O empresário de Vilhena, Jaime Bagattoli, do PL, se elegeu e, certamente não será adversário de Rocha, mas sim um parceiro, pois o Estado precisa de união e não de divisão. A velha máxima, mas sempre atual, que em política “jamais se divide”, pois, porque o importante é somar, continua atual. A princípio Marcos Rocha não terá problemas com a governabilidade, pois tem maioria na Ale-RO e na Câmara Federal, como já citamos. Além de Bagattoli, que assumirá em 1º de fevereiro, os outros dois senadores, Confúcio Moura (MDB), que já foi governador em dois mandatos seguidos e Marcos Rogério, que disputou o governo do Estado com Rocha certamente não serão inimigos político Poder Executivo estadual, mas sim adversários. Rondônia é prioridade. Há expectativa sobre o futuro é enorme. Rocha já esteve em Brasília mantendo contato com o presidente da República (eleito), Lula da Silva e sua equipe de transição. Foi criticado, mas está correto. A campanha terminou. Rondônia está à frente de qualquer ideologia política, racial, econômica, social. Oposição é uma necessidade, não um luxo, e deve ser feita com critério, prudência, inteligência, sem oportunismo ou apelos pessoais. Outro ponto fundamental para quem está dando os primeiros passos político-partidário. Administração pública é muito diferente da privada. Tem político, que nem assumiu o mandato e já se acha “otoridade”, agindo como se fosse delegado com cargo de carreira, efetivo, não transitório. Na política o mandato precisa ser renovado com os votos de os eleitores de quatro em quatro anos. Requerimentos com aprovação nas comissões e, aprovação –ou não– em plenário são procedimentos rotineiros, para que possa ser legalizada a ação. Também é necessário iniciar o mandato. Aos novos –e afoitos– políticos, os marinheiros de primeira viagem, se recomenda prudência e caldo de galinha, que não fazem mal a ninguém. Quem tem pressa come cru... Fonte: Waldir Costa / Rondônia Dinâmica Leia Também Como será o amanhã na política regional e nacional? 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