ARTIGO O Holocausto Yanomami Publicada em 01/02/2023 às 08:26 Professor Nazareno* É possível que o povo Yanomami no Norte do Brasil, fronteira de Roraima com a Venezuela, já esteja num rápido processo de extinção. Mas foi nos últimos quatro anos que a agressiva campanha genocida se intensificou contra todos esses brasileiros há muito esquecidos. “Se eu for eleito, os índios e os quilombolas não terão um só centímetro de terra demarcada”. Mais: “a cavalaria dos Estados Unidos foi muito competente, pois matou quase todos os índios daquele país e hoje eles não têm mais este problema. Já a cavalaria do Brasil foi incompetente e não matou nenhum índio por aqui”. Frases de um ex-presidente do país. Ou “Os Yanomamis não são um povo. São apenas selvagens que moram em território brasileiro”. “Esses índios são muito preguiçosos, pois são apenas uns 30 mil que vivem num território maior do que a Suíça e ainda estão passando fome?”. O atual governador de Roraima, Antônio Denarium, disse: “esses índios têm que se aculturar e parar de viver no mato como bichos”. A situação já tomou dimensões apocalípticas. O avanço do garimpo ilegal, muitas vezes incentivado pelas fracas ações de fiscalização do ex-governo Bolsonaro, praticamente decretou o fim desse povo. Fome, doenças, abandono, contaminação pelo mercúrio, estupros e mortes produzem cenas reais que podem ser comparadas às crianças famélicas que se veem na África subsaariana. Com mais de 30 milhões de famintos no país inteiro, foram os pobres Yanomamis, no entanto, os que se prestaram ao triste espetáculo televisivo cujas imagens correm o mundo para nos encher outra vez de vergonha. Muitos veem naquilo uma semelhança com os corpos dos judeus encontrados em campos de concentração nazistas da segunda guerra mundial. E quem é o genocida responsável por esse caos entre os Yanomamis? Não é só o Bolsonaro, não. A sociedade brasileira como um todo nunca teve muita consideração pelos indígenas e também por outros povos originários. O massacre começou exatamente em 22 de abril de 1500 com Pedro Álvares Cabral. Dos pouco mais de 6 milhões de indivíduos no início, quantos indígenas ainda restam hoje no Brasil? Durante todo este tempo, fomos acostumados simplesmente a discriminar, isolar, explorar e a matar essa gente considerada na maioria das vezes como “inferiores”. Mas foi no governo de Jair Bolsonaro que foi dado o criminoso ataque final ao genocídio dos indígenas. Óbvio que os bolsonaristas devem ter pensado que “se morrerem alguns selvagens não dá em nada, pois na pandemia foram quase 700 mil brasileiros mortos e tudo ficou por isso mesmo”. A desfaçatez e a total burrice dessa gente chegam a ser algo hilário. E num mundo globalizado, a já desgastada imagem do Brasil no exterior piora ainda mais. Isso sem falar que maltratar seus semelhantes é um ato desumano, cruel e nazista. Porém falar em desumanidade e desrespeito aos direitos humanos no governo que findou é “chover no molhado”. O governo Lula precisa urgentemente cuidar dos enfermos, recuperar as áreas invadidas e também expulsar todos os garimpeiros dali. E não somente na área dos Yanomamis em Roraima, mas em todo o território nacional. No rio Madeira em Rondônia, por exemplo, é comum todo dia se ver dragas e mais dragas garimpando ouro tranquilamente. “Só não vê quem não quer”. Esse país precisa ser passado a limpo e o governo Lula tem tudo para fazer corretamente o “dever de casa”. Basta não roubar. E o dinheiro para isso existe. Alemanha e Noruega já voltaram a financiar o Fundo Amazônia. *Foi professor em Porto Velho Fonte: Professor Nazareno Leia Também Ao vivo – Novos deputados de Rondônia tomam posse como membros da Assembleia Legislativa do Estado; assista 13 dos 24 deputados estão na Ale-RO pela primeira vez, 18 deles foram eleitos pelo interior, dos 8 federais somente três se reelegeram Advogado denuncia ao TCE relatório, decreto e repasse de R$ 9 mi/mês à entidade que gerenciará Saúde Câmara de Vereadores de Porto Velho abre ano legislativo; marcaram presença na cerimônia os 21 vereadores Reeleito com 22.207 votos, Cirone Deiró assume o 2ª mandato comprometido com a geração de emprego e renda Twitter Facebook instagram pinterest