GUERRA NA UCRÂNIA Rússia ataca portos estratégicos da Ucrânia após suspender acordo de grãos Publicada em 18/07/2023 às 09:16 A Rússia bombardeou o porto de Odessa, na Ucrânia, na madrugada desta terça-feira (18/7), um dia após suspender o acordo que estabelecia o transporte marítimo de grãos produzidos em território ucraniano. Segundo Kiev, duas cidades portuárias estratégicas para exportações foram atingidas pelas tropas adversárias com mísseis e drones. Os ataques russos aos portos da Ucrânia ocorrem como sinal de retaliação, após uma explosão destruir parte da ponte da Crimeia, nessa segunda-feira (17). A via é essencial para o transporte de tropas e suprimentos entre a Rússia e o território ucraniano ocupado. Além de Odessa, uma instalação do porto de Mykolaiv pegou fogo ainda na noite de segunda-feira (17). As autoridades informaram que o incêndio foi rapidamente controlado, e que não houve feridos. Os portos de Odessa e Mykolaiv têm acesso ao Mar Negro, por onde a Ucrânia envia as exportações de grãos. Alertas de ataque aéreo foram emitidos em várias regiões do país. O sistema de defesa foi acionado para repelir os ataques, principalmente na região de Odessa. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que teve uma conversa com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, responsável por mediar o tratado de grãos suspenso. Segundo o líder ucraniano, a ofensiva russa e a suspensão do acordo de exportações é uma “tentativa russa de militarizar a fome e desestabilizar o mercado global de alimentos”. “O estado terrorista colocou em risco a vida de 400 milhões de pessoas em vários países que dependem das exportações de alimentos ucranianos. A situação mais crítica está em países da África e da Ásia, como Somália, Etiópia, Sudão do Sul, Iêmen”, declarou. Suspensão do acordo O acordo de grãos entre Moscou e Kiev foi firmado no ano passado, por intermédio da ONU e da Turquia, e é considerado um dos únicos avanços diplomáticos na guerra. A iniciativa garantia que os navios não seriam atacados ao entrar e sair dos portos ucranianos. Um segundo tratado facilitou o movimento de alimentos e fertilizantes russos em meio às sanções do Ocidente pela guerra na Ucrânia. Segundo a ONU, os grãos produzidos na Ucrânia se transformam em alimento para 400 milhões de pessoas em todo o mundo. Por isso, quando a Rússia invadiu o país vizinho, em fevereiro de 2022, muitos países apontaram que a fome e a insegurança alimentar se acentuou especialmente na África e no Oriente Médio. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que o acordo seria interrompido até que as exigências da Rússia para garantir suas próprias exportações agrícolas fossem atendidas. “Quando a parte do acordo do Mar Negro relacionada à Rússia for implementada, a Rússia retomará imediatamente à implementação do acordo”, disse. A Rússia tem se queixado de que as restrições ao transporte marítimo estariam prejudicando suas exportações de alimentos e fertilizantes. No entanto, o país exporta quantidades recordes de trigo, e os fertilizantes seguem fluindo para o comércio externo. Fonte: Metrópoles Leia Também TRE de Rondônia julga como não prestadas as contas do Podemos, PRTB, DC e PSDB; repasse do Fundão está suspenso a todos Rússia ataca portos estratégicos da Ucrânia após suspender acordo de grãos Mulher é presa após chamar bombeiros 2,7 mil vezes por estar só Cidade da Argentina registra -22,5 °C e ultrapassa escala de medição Integrante do MPRO é homenageado pela Câmara de Vereadores do município Twitter Facebook instagram pinterest