EDITORIAL A reviravolta na Presidência do PL de Rondônia: O retorno de Marcos Rogério Publicada em 28/10/2023 às 09:37 Porto Velho, RO – A política, muitas vezes, é um tabuleiro de xadrez onde as peças se movem de forma imprevisível, e os jogadores utilizam suas influências nos bastidores para consolidar seu poder. Recentemente, Rondônia testemunhou uma reviravolta surpreendente no cenário político, com a retomada de poder na presidência do Partido Liberal (PL) do estado pelo senador Marcos Rogério. Sua ascensão ao cargo, porém, não foi isenta de controvérsias e pressões nos bastidores que agora repercutem em todo o país. Marcos Rogério, uma figura de pouca popularidade em sua terra natal, Rondônia, assumiu o comando da legenda em um movimento surpreendente no ano passado, quando se tornou o líder do grupo do também senador rondoniense Jaime Bagattoli. Este último, pecuarista que havia ocupado a presidência do PL, mas sua gestão foi interrompida abruptamente, lançando o estado em um cenário de disputas políticas internas. Os bastidores do poder em Brasília relatam que Rogério utilizou de sua influência política e ameaçou Valdemar Costa Neto, presidente nacional da agremiação, de deixar o partido, junto com outros congressistas que o apoiavam, caso não lhe fosse devolvido o controle da legenda em Rondônia. A pressão surtiu efeito, e Bagattoli foi retirado da liderança do partido, permitindo a Rogério retornar às rédeas locais da sigla. Porém, o ressurgimento de Marcos Rogério no cenário político nacional não é apenas uma questão de comando partidário em seu estado. Desde sua participação na CPI da COVID-19, na era Jair Bolsonaro, do PL, ele ganhou destaque como um fervoroso governista e se tornou uma das vozes mais proeminentes da direita brasileira em nível nacional. A exposição que ele obteve na CPI lhe garantiu uma visibilidade que transcendeu as fronteiras de Rondônia. Entretanto, apesar de seu sucesso no âmbito nacional, Rogério enfrenta desafios em sua terra natal. Em 2022, nas eleições que reconduziram Marcos Rocha, do partido União Brasil, ao comando do Palácio Rio Madeira, ele sofreu uma derrota nas urnas. Rogério demonstrou aversão à democracia ao expressar seu descontentamento com o resultado do pleito, e sua influência política foi sua arma para derrubar seu colega Bagattoli. O próximo passo de Marcos Rogério será trabalhar para fortalecer o PL em Rondônia em preparação para as eleições municipais de 2024. No entanto, ele não é bem quisto em seu próprio estado, como demonstram as urnas que o rejeitaram tanto no primeiro quanto no segundo turno das eleições anteriores. No entanto, é inegável que Marcos Rogério é um jogador político habilidoso, que utiliza sua influência política para preservar seus espaços de poder e continuar a galgar postos na política nacional. Ele se tornou uma pretensa sumidade do espectro de direita do tabuleiro ideológico brasileiro, consolidando sua presença na cena política do país. O episódio da retomada do comando do PL de Rondônia por Marcos Rogério é mais um capítulo intrigante na política brasileira, onde os bastidores muitas vezes ditam o curso dos acontecimentos. Como o senador buscará consolidar seu poder e influência no estado e no país, enquanto enfrenta a desaprovação local, é uma questão que permanece em aberto e que continuaremos a observar de perto nos próximos anos. Fonte: Rondoniadinamica Leia Também A reviravolta na Presidência do PL de Rondônia: O retorno de Marcos Rogério Fernando Máximo pede pelo diálogo para defendem a renovação das políticas de tiro esportivo no Brasil Bagattoli é sacado da Presidência do PL em Rondônia e Marcos Rogério assume em seu lugar Assembleia Legislativa aprova mais de R$ 18 milhões em créditos adicionais para o governo de Rondônia Novos voos da Azul em Porto Velho a partir de segunda, a difícil situação no comando do PL em Rondônia, Escola do Legislativo tem novo diretor Twitter Facebook instagram pinterest