ELEIÇÃO Partidos do centro devem manter controle do Parlamento Europeu mesmo com avanço da ultradireita, indicam projeções Publicada em 10/06/2024 às 08:57 Uma projeção inicial fornecida pela União Europeia indica que os partidos do centro devem manter o controle do Parlamento Europeu mesmo com avanço da ultradireita. A votação terminou neste domingo, último dia das eleições para o próximo mandato de cinco anos. A soma dos blocos formados por conservadores, liberais e social-democratas seguirá com a maioria no Parlamento Europeu após a votação para escolher 720 novos eurodeputados, ainda de acordo com as projeções da instituição divulgadas neste domingo (9). Os resultados oficiais ainda não foram divulgados. No geral, em toda a União Europeia, dois grupos dominantes e pró-europeus (os Democratas-Cristãos e os Socialistas) continuam a ser as forças dominantes. O avanço da ultradireita ocorreu às custas dos Verdes, que devem perder cerca de 20 assentos e cair para a sexta posição. As projeções do Parlamento Europeu são mostradas no edifício da União Europeia em Bruxelas, Bélgica, em 9 de junho de 2024 — Foto: Reuters/Piroschka van de Wouw Durante décadas, a União Europeia confinou a ultradireita às margens políticas. Com a sua forte atuação nestas eleições, ela poderá agora se tornar parte importante em questões como migração, segurança e clima. O Partido Popular Europeu (PPE, direita) continuaria como a principal força política, com 181 assentos; os social-democratas alcançariam 135 e os liberais do Renew teriam 82. Juntos, eles formariam um grande bloco de 389 cadeiras. Esperava-se que os partidos de ultradireita ganhassem mais poder em um contexto de aumento do custo de vida e do descontentamento dos agricultores. As guerras em Gaza e na Ucrânia são também temas-chave para eleitores. Como foi a eleição em cada país? Na França, o presidente Emanuel Macron anunciou a convocação de eleições legislativas antecipadas. O partido dele sofreu uma pesada derrota para o partido de ultradireita liderado por Marine Le Pen; Na Alemanha, projeções indicam que o apoio aos sociais-democratas de centro-esquerda de Olaf Scholz caiu para 14%, atrás da Alternativa para a Alemanha, de ultradireita, que subiu para o segundo lugar; Os partidos de esquerda e ecologistas avançaram com força nas eleições dos países nórdicos. Na Finlândia, Suécia e Dinamarca, a ultradireita retrocedeu, de acordo com projeções; Na Bélgica, o maior partido de ultradireita obteve resultados piores do que o esperado nas eleições nacionais e regionais que coincidiram com as eleições europeias; O Partido Popular (PP), da centro-direita da Espanha, saiu vencedor, conquistando 22 assentos dos 61 atribuídos ao país e desferindo um golpe no governo liderado pelos socialistas do primeiro-ministro Pedro Sánchez; Em Portugal, a oposição socialista venceu com estreita vantagem contra a coalizão governamental de direita moderada. O partido de ultradireita Chega ficou em terceiro lugar; Ainda segundo projeções, o partido de ultradireita, da primeira-ministra Giorgia Meloni, obteve a maior percentagem de votos na Itália; Na Holanda, o Partido Trabalhista social-democrata e a Esquerda Verde conquistaram o maior número de assentos, com oito – um a menos do que no último parlamento. Como é a eleição na União Europeia? A eleição para o Parlamento Europeu é a segunda maior votação do mundo, atrás das eleições gerais da Índia. Cada nação elege os respectivos eurodeputados: a Alemanha é quem tem mais cadeiras, 96; Malta e Luxemburgo são os menores, com seis. Há cerca de 450 milhões de pessoas que moram nos países da União Europeia; Em apenas quatro dos 27 países o voto é obrigatório: Bélgica, Bulgária, Luxemburgo e Grécia. Nos demais, é facultativo; São eleitos 720 membros do Parlamento Europeu; Há locais de votação desde o Círculo Ártico até as fronteiras com a África e a Ásia. Há votação, por exemplo, no consulado de Portugal em São Paulo. Durante muito tempo, o Parlamento Europeu foi ocupado por dois tipos de políticos: veteranos em seus países e pessoas que estavam em início de carreira. Isso começou a mudar com as responsabilidades que a União Europeia começou a acumular, como decidir as regras bancárias e de agricultura dos países do bloco, além do orçamento da União Europeia. Os eleitores também passaram a se interessar mais: em 2019, presença foi de 50,66% considerada um sucesso. Neste ano, espera-se que mais de 60% das pessoas votem. Fonte: G1 Leia Também Partidos do centro devem manter controle do Parlamento Europeu mesmo com avanço da ultradireita, indicam projeções 6 meses de Milei: Argentina vê melhora na economia, mas passa por cortes na cultura, ciência e educação Espanhóis que fizeram ataque racista a Vinicius Jr. são condenados a oito meses de prisão Coreia do Norte envia mais balões com lixo para o Sul e ameaça com novas ações de neutralização Covid-19: Mais de meio milhão de casos em 2024; vacina é a principal medida contra formas graves Twitter Facebook instagram pinterest