ACOLHIMENTO Porto Velho oferece atendimento especializado às mulheres vítimas de violência sexual Publicada em 10/10/2024 às 09:19 No Brasil, 10 de outubro é o Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher. Em Porto Velho, a Maternidade Municipal Mãe Esperança (MMME) é referência no atendimento humanizado e multidisciplinar às mulheres vítimas de violência sexual, a partir dos 12 anos. O serviço é desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) como parte das políticas públicas da Prefeitura voltadas ao enfrentamento da violência sexual. O serviço é oferecido por regime de plantão, ou seja, disponível 24 horas através do sistema portas abertas, permitindo que as vítimas procurem atendimento diretamente sem a necessidade de agendamento prévio. O atendimento é humanizado e prestado por uma equipe multidisciplinar com médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e técnicos de enfermagem. A atuação desses profissionais busca o acolhimento imediato com a realização de exames, profilaxias, e encaminhamentos para a rede de proteção, se for o caso. Segundo a assistente social Karígina Suely de Oliveira Gomes, esse atendimento é fundamental para minimizar os impactos físicos e psicológicos decorrentes do trauma da violência. “As vítimas de violência, ao chegarem nas unidades de saúde, sentem-se envergonhadas, humilhadas e têm medo de expor suas intimidades. O atendimento humanizado é essencial para que essas mulheres se sintam acolhidas e seguras", afirma. Após o atendimento de urgência, realizado na Maternidade, as pacientes são encaminhadas para acompanhamento ambulatorial nas unidades de saúde e também para órgãos competentes, conforme a demanda de cada caso. Além disso, é oferecido suporte psicológico, recuperação emocional das vítimas através do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Interrupção de gestação legal A Maternidade Mãe Esperança também está credenciada pelo Ministério da Saúde para realizar a interrupção legal da gestação nos casos previstos em no Código Penal Brasileiro, em seu artigo 128, como estupro, anencefalia ou risco de vida para a mãe. Nesses casos, não é necessária autorização judicial, apenas o consentimento da mulher. Karígina Gomes destaca que as pacientes são informadas sobre suas opções, incluindo a possibilidade de levar a gestação adiante e entregar a criança para adoção, caso prefiram. Apesar dos avanços, a assistente social observa que o número de atendimentos ainda pode ser maior, considerando que muitas vítimas não procuram ajuda por medo ou falta de informação. “A informação é vital para que essas mulheres entendam que precisam de apoio e cuidado. A principal mensagem é que a mulher não se sinta culpada. Nenhuma mulher é culpada de ser estuprada”, enfatiza Karígina. Atendimento Além do acolhimento às vítimas de violência sexual, a Maternidade Municipal Mãe Esperança é referência para gestantes, com atendimentos às urgências obstétricas e realização de partos. Devido à obra de reforma e ampliação, os atendimentos da unidade foram transferidos, provisoriamente, para o prédio ao lado da Maternidade, onde ficavam as instalações do Centro de Referência de Saúde da Mulher (CRSM) e do Centro Integral Materno Infantil (CIMI), na Rua Venezuela, nº 2356 - Embratel. Rede de Apoio O Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher impulsiona a reflexão dos números da violência contra a mulher e o que se tem feito para combater o problema. O Ligue 180 é um serviço de utilidade pública essencial para o enfrentamento à violência contra a mulher. Além de receber denúncias de violações contra as mulheres, a central encaminha o conteúdo dos relatos aos órgãos competentes e monitora o andamento dos processos. O serviço também tem a atribuição de orientar mulheres em situação de violência, direcionando-as para os serviços especializados da rede de atendimento. No Ligue 180, ainda é possível se informar sobre os direitos da mulher, a legislação vigente sobre o tema e a rede de atendimento e acolhimento de mulheres em situação de vulnerabilidade. Fonte: Semusa Leia Também SINJUR defende novo PCCS em reunião com Desembargador Francisco Borges Advogado de Rondônia especialista em Direitos Humanos participa de julgamento no STF sobre fim dos manicômios judiciais Vitória do SINDSEF-RO na ação do RSC: Justiça manda União avaliar pedidos dos professores aposentados Universidade Federal de Rondônia avança na avaliação de cursos do MEC Marquise ambiental participa das campanhas Outubro Rosa e Novembro Azul Twitter Facebook instagram pinterest