TRIBUNAL Coreia do Sul define data para primeira audiência para analisar impeachment que decretou lei marcial Publicada em 16/12/2024 às 15:43 O Tribunal Constitucional da Coreia do Sul definiu, nesta segunda-feira (16), que realizará a primeira audiência no caso que analisa o impeachment do presidente Yoon Suk Yeol em 27 de dezembro, informou um porta-voz à agência de notícias Reuters. Os deputados do país aprovaram neste sábado (14) o impeachment do presidente, menos de duas semanas após ele decretar e revogar, em menos de seis horas, uma lei marcial que visava restringir direitos civis. Yoon havia enfrentado outra moção de impeachment no sábado anterior, mas apenas dois deputados do partido governista apoiaram o impeachment — eram necessários oito votos, que foram conquistados neste sábado. A votação começou pouco depois das 4h deste sábado. Dos 300 deputados, 204 votaram a favor do impeachment de Yoon Suk Yeol - eram necessários 200 votos -, 85 parlamentares votaram contra a medida, três se abstiveram e oito votos foram considerados inválidos. Na primeira tentativa, os parlamentares do partido governista se ausentaram, permitindo que o líder conservador permanecesse no poder. Na sexta-feira (13), o líder da oposição da Coreia do Sul pediu aos deputados do partido governista que apoiassem a segunda moção. "O que os legisladores devem proteger não é Yoon ou o Partido do Poder Popular (PPP), que está no poder, mas as vidas das pessoas que protestam nas ruas geladas", disse Lee, que lidera o Partido Democrático. "A história se lembrará da escolha que eles fizeram." A oposição estava negociando nos bastidores há uma semana para dar forma à segunda moção, e o laço se apertou em torno do presidente, que enfrenta uma investigação de "rebelião" e está proibido de deixar o país. Yoon, cuja popularidade caiu para 11%, de acordo com as pesquisas, declarou em um discurso televisionado na quinta-feira (12) que lutaria "até o último minuto". O que acontece agora? Com o impeachment aprovado, o presidente deixa o posto imediatamente, e o primeiro-ministro Han Duck Soo assume de forma interina. Agora, o Tribunal Constitucional sul-coreano tem até seis meses para realizar um julgamento para confirmar ou rejeitar o pedido de impeachment, ouvindo evidências para determinar se o presidente violou a lei. A Corte, que normalmente é composta por nove juízes, atualmente tem apenas seis em exercício, com três cargos a serem preenchidos. A princípio, há a exigência de sete juízes para deliberar casos, mas ainda não está claro o que irá ocorrer nesse caso. Caso o impeachment seja confirmado, uma nova eleição presidencial tem que acontecer dentro de 60 dias. Decreto de lei marcial Na terça-feira (3), Yoon acionou um dispositivo constitucional para implementar a medida, substituindo a legislação normal por leis militares, fechando a Assembleia Nacional e colocando setores como a imprensa sob controle do governo. A lei marcial foi decretada em um contexto de baixa aprovação do presidente e de trocas de farpas entre o governo e os deputados. A medida pegou a Coreia do Sul de surpresa e expôs a crise política do país, que vem se agravando nos últimos meses. Yoon defendeu o decreto como uma maneira de proteger a Coreia do Sul de aliados da Coreia do Norte que estariam infiltrados no país. A lei, no entanto, sofreu uma série de reações negativas e levou milhares de sul-coreanos às ruas. Fonte: G1 Leia Também Coreia do Sul define data para primeira audiência para analisar impeachment que decretou lei marcial Investigação culpa pilotos por turbulência que deixou 36 feridos Presidente eleito Donald Trump fala sobre relatos de avistamento de drones Comunicado: Centro de Referência de Assistência Social está atendendo em novo endereço Natal de Portas Abertas: confira programação a partir desta segunda-feira até 23 de dezembro Twitter Facebook instagram pinterest