ORIENTE MÉDIO Israel proíbe atuação da agência da ONU para refugiados palestinos em seu território Publicada em 30/01/2025 às 10:27 A agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA) terá que interromper seu trabalho “em território israelense” nesta quinta-feira (30), um ano após ser acusada de acobertar combatentes do Hamas. Após mais de 75 anos prestando apoio aos refugiados palestinos no Oriente Médio, a UNRWA não poderá mais operar em Israel nem manter contato com as autoridades israelenses. A Suprema Corte de Israel rejeitou na quarta-feira um pedido para suspender a aplicação das leis israelenses aprovadas em outubro para encerrar as atividades da agência. Segundo o tribunal, as leis se aplicam apenas “no território soberano de Israel” e “não proíbem (a atividade da UNRWA) nas regiões da Judeia-Samaria (Cisjordânia ocupada) e na Faixa de Gaza“. A lei estipula que o trabalho da agência deve ser realizado sem a participação do Estado de Israel. A agência entrou em conflito repetidamente com autoridades israelenses, que a acusam de minar a segurança do país. A hostilidade se intensificou após o ataque do movimento islamista palestino Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, com acusações de que funcionários da UNRWA estavam envolvidos na ação. Direito internacional A agência foi criada em dezembro de 1949 para apoiar refugiados palestinos forçados ao exílio após a criação de Israel em 1948. Ela fornece serviços públicos, como saúde e educação, a quase seis milhões de palestinos na Faixa de Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, além de Líbano, Síria e Jordânia. A situação é especial em Jerusalém Oriental. Por um lado, o embaixador israelense na ONU, Danny Danon, exigiu que a UNRWA desocupasse “todos os edifícios que utiliza até 30 de janeiro”. Mas no campo de refugiados de Shuafat, também em Jerusalém Oriental, a UNRWA não cessará suas atividades. Jerusalém Oriental está ocupada e anexada por Israel desde 1967, embora não seja reconhecida como território israelense. “É isso que o Estado de Israel tem feito desde sua existência (…), colonizado na esperança de tornar essas injustiças irreversíveis e tornar os direitos palestinos negociáveis”, disse Ines Abdel Razek, do Instituto Palestino para a Diplomacia Pública. O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que lamenta a decisão e pediu que Israel recue, afirmado que a agência é “insubstituível”. Para o governo israelense, a proibição da agência é uma vitória política. “A UNRWA está cheia de membros do Hamas, não apenas os 19 que a UNRWA está investigando (…) mas também centenas de funcionários”, disse o porta-voz do governo David Mencer na quarta-feira. No final de janeiro de 2024, Israel acusou 12 funcionários da UNRWA de envolvimento no ataque de 7 de outubro, provocando uma tempestade dentro da agência. Mais tarde, outros sete nomes foram acrescentados à acusação. A denúncia levou vários doadores a suspender o financiamento da agência. Uma investigação da ONU em agosto descobriu que apenas nove membros da equipe “podem estar envolvidos”. Fonte: JOVEN PAN Leia Também Israel proíbe atuação da agência da ONU para refugiados palestinos em seu território Famílias voltam a ocupar área de terras embargada pela justiça em Vilhena Prefeitura de Rolim de Moura avança na construção da ponte de concreto na Linha 196 lado sul Governo Milei propõe eliminar feminicídio do Código Penal Argentino Prefeita e reúnem com representantes indígenas Cinta Larga para discutir melhorias na comunidade Twitter Facebook instagram pinterest