COLUNA FALANDO SÉRIO Marcos Rocha assume protagonismo na articulação; Quem será o novo Chefe da Casa Civil? e o Déjà Vu político nos bastidores Publicada em 11/02/2025 às 09:46 Déjà vu presente nos meandros do jogo do poder em Rondônia CARO LEITOR, acompanho e participo de política partidária desde a minha adolescência, transitei nos principais grupos políticos da capital João Pessoa e do estado da Paraíba. Em face da minha trajetória de vida, além de me aprofundar em estudos em geografia política e marketing político, além de dialogar com a ciência política, acompanho e vivo fatos políticos, dessa maneira tenho déjà vu políticos. Primeiramente, déjà vu é uma expressão francesa que significa “já visto” pessoas, objetos e ambientes, ou seja, temos aquela sensação de “reprise”. Isso porque o cérebro faz uma comparação rápida de uma experiência anterior com similaridade com o presente, essa disposição de ambientes, objetos e pessoas. Um exemplo prático disso seria um fato político em que o nosso cérebro pode reconhecer não só os acontecimentos, mas todos os movimentos dos personagens nos bastidores, causas e consequências. Déjà vu O déjà vu político ativa nossa memória quando velhos problemas do nosso país se manifestam em relação à concentração de riqueza, pobreza, carga tributária pesada, serviços públicos de baixa qualidade, desperdício do dinheiro público, sistema político frágil, inflação e o desarranjo institucional. Manifesta O déjà vu também se manifesta às vésperas de eleições com mudanças de posições de auxiliares e recomposição do grupo político, visando permanecer dominando os espaços de poder e de tomada de decisões. Lula O terceiro mandato do presidente Lula (PT) não é déjà vu do primeiro e muito menos do segundo, mas um recall da sua biografia manchada pela Operação Lava-Jato. Apesar de o Governo Lula III ter conseguido aprovar a reforma tributária e o novo regime fiscal – esse último incompleto, não conseguiu avançar na economia. Semelhança Por que mencionei a capital João Pessoa e o estado da Paraíba como déjà vu político? Por conta das semelhanças dos fatos políticos ocorridos nas últimas 24 horas em Rondônia, com a exoneração do secretário-chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, encerrando um ciclo de mando no governo do Coronel Marcos Rocha (União Brasil). Exoneração A decisão da exoneração de José Gonçalves da Silva Júnior, conhecido como Júnior Gonçalves, do cargo de Secretário-Chefe da Casa Civil, foi publicada ontem (10) no Diário Oficial (Diof) com efeitos imediatos. Júnior ocupava o cargo desde o primeiro mandato do governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil) e se tornou um dos principais auxiliares de confiança do governador. Porém, ele entrou no seu inferno astral desde o mês de setembro do ano passado. Fim O gozo da confiança do governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil), o ex-secretário-chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, se tornou o principal articulador político entre o Governo de Rondônia, setores estratégicos e os demais poderes, em especial, a Assembleia Legislativa de Rondônia. Neste caso, a exoneração de Júnior representa o fim de sua ascensão política meteórica e marcante na gestão Marcos Rocha. Conflitou Como mencionei acima, desde o mês de setembro do ano passado, o ex-secretário-chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, estava vivendo o seu inferno astral como ocupante de espaço de poder e tomada de decisões desde que conflitou com alguns parlamentares. Neste caso, quem venceu a queda de braço foram os deputados estaduais Jean Oliveira (MDB) e Ribeiro do Sinpol (PRD). Protagonismo No final do ano passado, o governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil) assumiu o protagonismo de principal articulador do seu governo com os Poderes Executivo e Legislativo. Neste caso, desde que começou a ouvir mais, Rocha sentiu a necessidade de promover mudanças nos rumos do seu governo frente ao Palácio Rio Madeira, visando gerar novos fluxos de dinâmica interna para promover a interlocução entre poderes e aumento da capacidade de entrega a população rondoniense. Mudanças Falando em mudanças, o governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil) deu início a reestruturação da Casa Civil. Por conseguinte, deverá promover a troca de posições dentro do governo para reorganizar a sua equipe, implementar novas estratégias objetivando a entrega de obras na capital e realizar novas alianças políticas visando o fechamento do seu ciclo frente ao Palácio Rio Madeira e a disputa ao Senado. Testemunhei Contudo, esse déjà vu político já testemunhei quando o governador da Paraíba na década de 1990, Ronaldo Cunha Lima (MDB), precisou reestruturar a Casa Civil do seu governo e convidou para a missão o vice-governador Cícero Lucena (MDB). Esse último, que era empresário da construção civil, em poucos meses se tornou político e ganhou notoriedade entre a classe política e a população paraibana. Assumiu Quando o vice-governador, Cícero Lucena (MDB), assumiu a chefia da Casa Civil do governo da Paraíba, imprimiu uma marca de eficiência e entrega em poucos meses. O resultado foi a vitória nas urnas de Antônio Mariz governador com Zé Maranhão de vice, ambos do MDB. Das 12 vagas de deputados federais, o MDB conquistou 07 e das 36 vagas de deputados estaduais na Assembleia Legislativa da Paraíba, o MDB conquistou 17 cadeiras. Na época, o instrumento da reeleição ainda não tinha sido adotado no país, mas caso existisse, o vice-governador Cícero Lucena (MDB) teria sido reeleito no primeiro turno das eleições de 1994. Ciclo Encerrado o seu ciclo como vice-governador e governador dos paraibanos, Cícero Lucena foi nomeado ministro do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Em seguida, ele foi eleito (2000) e reeleito (2008) prefeito de João Pessoa. Nas eleições de 2010, ganha uma das vagas ao Senado. Em 2020, é eleito prefeito de João Pessoa e foi reeleito no último pleito eleitoral municipal. Especulações Contudo, ainda não há informações sobre quem assumirá o cargo de secretário-chefe da Casa Civil, existem especulações em torno de alguns nomes conhecidos, a exemplo do ex-deputado federal Carlos Magno, ex-presidente da Junta Comercial Alberto Anísio, do secretário de Obras Elias Rezende e do diretor-geral do DER, Coronel Eder Dias. Mas cabe exclusivamente ao governador, Coronel Marcos Rocha (União Brasil), escolher quem deverá assumir a missão para conduzir as articulações finais do seu governo frente ao Palácio Rio Madeira. Case Entretanto, mediante o case da trajetória política do prefeito Cícero Lucena (PP), com o qual trabalhei na Secretaria de Planejamento no setor de geoprocessamento na sua primeira gestão frente à Prefeitura de João Pessoa, seria um grande déjà vu político testemunhar o governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil), emplacar o vice-governador Sérgio Gonçalves como secretário-chefe da Casa Civil, essa possível escolha agradaria a gregos e troianos. Requalificação O prefeito Léo Moraes (Podemos) gravou um vídeo convidando a população do Parque Natural de Porto Velho. Com a mesma disposição, faz necessário o prefeito Léo fazer uma visita técnica ao Parque Circuito e verificar in loco a necessidade de requalificação daquele importante espaço de esporte, lazer e contato com a natureza. Agenda O secretário da SEMDESTUR, Paulo Júnior, acompanhado do secretário-adjunto, Aleks Palitot, desembarca na manhã de hoje (11) para cumprir agenda junto ao DNIT, Ministério do Turismo e Ministério da Pesca. Tanto Paulo como Palitot trabalham afinados para implementar projetos que contemplam a exploração turística das margens direitas do rio Madeira. Elogios A coluna, atenta ao marketing político de ocupantes de cargos nos espaços de poder e de tomada de decisões em escala nacional, estadual e local, rende elogios a Júnior Tico, que assumiu a coordenação do marketing político do vereador Dr. Júnior Queiroz (Republicanos) desde o ano passado. Tico é super acessível, resiliente, sabe ouvir e colher opiniões, dessa maneira, consegue entregar bons resultados. Sério Falando sério, déjà vu francês do "já visto", cenários de ousadia e alegrias, ora soa nostálgico nos espaços de poder e de tomada de decisões, mas pode ser porque exista similaridade de fatos, pessoas, ambientes e objetos que passa a sensação do tempo em linha reta, porém, existem também as curvas. Fonte: Herbert Lins Leia Também Marcos Rocha assume protagonismo; Quem será o novo Chefe da Casa Civil? e o Déjà Vu político JG rejeitou 'demissão negociada'; e Maurício e Mosquini 200% sintonizados Ieda Chaves sugere concessão de descontos nas taxas e exames do Detran/RO Ecos de 1964: PL de Coronel Chrisóstomo visa o patrocínio de censura legislativa no Brasil Sílvia Cristina faz reuniões em Nova Mamoré e em distritos da capital e prestigia Motocross em Guajará-Mirim Twitter Facebook instagram pinterest