Por Uol
Publicada em 05/06/2019 às 09h57
Comportamento antissocial, fuga por diferentes Estados, tortura e cárcere privado de menores. Esta foi a vida de Rosana da Silva Candido, 27, e Kacyla Damasceno Pessoa, 28, acusadas de matar o pequeno Rhuan Maycon, 9, filho de Rosana, na última sexta-feira (31), nos últimos cinco anos.
O casal havia sumido do Acre, onde moravam, em 2014. Sem dar notícias a nenhuma das famílias, levaram Rhuan e a filha de Kacyla, hoje com 8 anos. O primeiro ponto de parada conhecido foi Palmas (TO). Mas Maycon de Castro, pai do menino, não sabia disso. Com a Justiça a seu lado, ele só voltou a ter notícias do filho no último sábado, depois que seu corpo foi encontrado em pedaços, dentro de uma mala, em um bueiro próximo a uma quadra de futebol em Samambaia (DF).
Jovens que jogavam futebol no local por volta da 1h30 chamaram a Polícia Militar. Testemunhas levaram-no à casa das duas, próxima à quadra, onde também foram encontradas mochilas que supostamente guardaram partes de Rhuan. O menino havia sido esquartejado e queimado na noite da sexta. Na delegacia, Rosana e Kacyla confessaram o crime.
Especialistas em psicologia forense ouvidos pelo UOL dizem ser impossível dar uma resposta exata ou fazer um diagnóstico do casal sem uma avaliação próxima e detalhada. Eles avaliam, no entanto, que este tipo de crime indica a autoria de pessoas com comportamento antissocial e, por causa de maus-tratos cometidos anteriormente, certa rejeição à figura masculina, sem ligação, por outro lado, com a orientação sexual das envolvidas.