Publicada em 18/12/2021 às 08h50
Dois consórcios, cada um com três empresas, arremataram, por R$ 11 bilhões, os campos de Sépia e Aratu, na faixa do pré-sal. Foi o último grande leilão de petróleo promovido pelo governo em 2021. A licitação foi organizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O leilão faz parte da 2ª rodada da cessão onerosa de campos para exploração de petróleo, e é o segundo maior da história, segundo o governo. As duas áreas ficam na Bacia de Santos, a mais importante para extração em águas profundas brasileiras, e uma das regiões mais cobiçadas do mundo para exploração da commodity.
Estavam inscritas no leilão 11 empresas: Petrobras, Shell, Chevron, Ecopetrol, Enauta, Equinor, ExxonMobil, Petrogal, Petronas, TotalEnergies e QP Brasil. A Petrobras foi a protagonista, ao exercer o direito de preferência por já operar as duas áreas. A estatal desembolsará R$ 4,2 bilhões pelos dois ativos.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, avaliou o leilão como um "enorme avanço". "Eu às vezes faço alguns comentários a respeito do regime de partilha, um regime supercomplexo, que explica toda a dificuldade que tivemos, mas tem uma vantagem. No sistema, trouxe consórcios", afirmou.
Para o economista da PUC/SP Vinicius do Carmo, a Petrobras foi a grande vencedora. "Tem uma regra que a coloca como parceira dos consórcios vencedores, então ela saiu bem na jogada", afirmou.
Carmo comentou que os dois blocos já estiveram à venda no passado, mas não foram comprados. "O governo baixou o ágio para conseguir liberar os blocos", avaliou.