Publicada em 09/09/2023 às 10h19
Estamos caminhando para o final do ano e se aproximando das eleições municipais, que elegerão prefeitos e vereadores em outubro do próximo ano. Faltam um ano, um mês e mais alguns dias, pois as Eleições 2024 em primeiro turno ocorrerão no dia 12 de outubro.
Em Rondônia, as eleições em Porto Velho concentram as maiores atenções das lideranças políticas do Estado. São cerca de 350 mil eleitores que estão em condições de votar no próximo ano e já é grande a lista de nomes em condições de ocupar o cargo hoje de o prefeito Hildon Chaves (sem partido), que foi reeleito em 2020 e está fora das eleições do próximo ano. Mas influenciará e apoiará um candidato, porque tem como uma das metas eleger o sucessor.
Hoje teríamos no mínimo uma dezena de candidatos, a maioria em condições de enfrentar as urnas em aptos achegarem ao segundo turno, pois em Porto Velho, dificilmente as eleições a prefeito serão decididas no primeiro turno. Entre os prováveis candidatos, deputados federais, ex-deputados federais e estaduais, ex-senadora, deputado estadual, empresários. A lista é grande e a maioria com chances de sucesso.
Entre os deputados federais dois nomes despontam como pretendentes à sucessão municipal na capital. A jovem Cristiane Lopes, na época no PP, que já passou pela câmara de vereadores e foi derrotada no segundo turno em 2020, por Hildon Chaves, com uma diferença de 19.977 votos, mesmo com uma campanha simples, pois não teve o real apoio do Grupo Cassol, que até hoje comanda o partido em Rondônia. Cristiane foi eleita deputada federal em 2022 com 22.086 votos e é nome de ponta na sucessão municipal da capital.
O deputado federal mais bem votado no Estado, ex-secretário de Estado da Saúde, Fernando Máximo, também do União Brasil não pode ser ignorado. Somou mais de 85 mil votos e já demonstrou, que tem intenções de concorrer a prefeito no próximo ano. É novo na política e há tempos busca espaços na lista de nomes em condições de concorrer à Prefeitura de Porto Velho, município maior que alguns Estados e vários países.
Entre os ex-deputados federais dois nomes despontam como fortes concorrentes a prefeito da capital. Léo Moraes (Podemos), que hoje é diretor-geral do Detran-RO e Mariana Carvalho, que preside o Republicanos em Rondônia. Mariana e Léo já foram vereadores em Porto Velho e ambos já concorreram à prefeito, mas não conseguiram votos suficientes para garantir a eleição. Também já passaram pela câmara de vereadores na capital e Léo ocupou cargo de deputado estadual.
Mariana seria o nome de Hildon Chaves para disputar a sua sucessão, mas como já dizia o sábio ex-governador de Minas Gerais e um dos maiores líderes políticos deste País, Magalhães Pinto: “política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”, até as convenções partidárias (seis meses antes das eleições) para escolha dos candidatos seguramente teremos mudanças no quadro atual.
O MDB está em fase de reorganização no Estado. Hoje o nome com maior poder de mando no partido é o senador Confúcio Moura. O emedebista com melhores condições para entrar na disputa pela sucessão municipal da capital é o ex-secretário de Estado e do município de Porto Velho na área da Saúde, ex-deputado estadual, Williames Pimentel.
O presidente da Assembleia Legislativa (Ale), Marcelo Cruz, do Patriota é sempre lembrado quando o assunto é sucessão municipal. Marcelo já passou pela câmara de vereadores, se elegeu deputado e hoje preside o Legislativo Estadual até o final do próximo ano. Tem “bala na agulha” na disputa da sucessão municipal, pois demonstrou ser um estrategista político, mesmo sendo jovem. É um nome que dificilmente ficará fora da relação de pretendentes ao Paço Municipal de Porto Velho.
O PT que já foi muito forte em Porto Velho, inclusive ocupando a prefeitura em dois mandatos seguidos com Roberto Sobrinho, após a eleição do presidente Lula da Silva em 2022 ganha força. O nome com melhores condições de concorrer e com chances de vitória é da ex-senadora Fátima Cleide. Tem um ótimo currículo na política, trânsito livre dentro do contexto regional, além de ser coerente e responsável.
Deixamos par ao final o jovem advogado e professor universitário, Vinícius Miguel, que esta semana teria assumido a presidência do PSB, cargo até então ocupado pelo ex-deputado federal Mauro Nazif, que não conseguiu a reeleição em 2022. Mauro estaria disposto, não a deixar a política, mas praticá-la com menor intensidade e cuidar da saúde.
Nas eleições a governador de 2018, Vinícius Miguel foi o destaque, mesmo não se elegendo. Sem nunca ter disputado cargo público somou mais de 110 mil votos e ficou na quarta colocação. Não foi bem nas eleições a prefeito de 2020, quando obteve a terceira colocação disputando pelo Cidadania, mas demonstrou liderança na capital. Em 2022 decepcionou e somou pouco mais de 10 mil votos a deputado federal.
Caso realmente Vinícius Miguel seja confirmado na presidência do PSB certamente fortalecerá a possibilidade de uma candidatura a prefeito em 2024. É jovem e continua sendo nome de representatividade na política-jovem da capital.
O eterno candidato, Pimenta de Rondônia, do Psol provavelmente estará na lista de prefeituráveis. Sua participação em todas as eleições (prefeito e governador) faz parte do folclore político do Estado.