Publicada em 17/07/2024 às 13h42
O cenário das violências baseada em gênero que se somam ao feminicídio no Brasil, tem contornos de extrema crueldade e ódio sobre os corpos de mulheres e meninas. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública (2023), aponta que no Brasil, considerando ainda a subnotificação do crime, 10.655 mulheres foram vítimas de feminicídio entre 2015 e 2023. O feminicídio cresceu 6,1% em 2022, em números absolutos foram 1.437 mulheres mortas; em 2023 cerca de 1.463 mulheres foram vítimas de feminicídio, sendo a taxa de 1,4 mulheres mortas para cada grupo de 100 mil, registrando um crescimento de 1,6%. Ou seja, as mulheres são assassinadas no Brasil, simplesmente por serem mulheres.
Rondônia em 2022, aparece como um dos estados que mais mata mulheres, com uma taxa de 3,1 casos para cada 100 mil mulheres, sendo o estado com a maior taxa de feminicídio (FNSP/2022). Em 2023, Rondônia assume o 2º lugar no ranking, com uma das maiores taxas de feminicídio, junto com outros estados da região norte, com 2,4 mortes por cada 100 mil mulheres.
Diante deste cenário, o Levante Feminista contra o Feminicidio, Transfeminicidio e Lesbocídio em Rondônia, realiza na semana de 15 a 21 de julho uma agenda de reuniões de articulação e mobilização nos municípios da BR 364 e adjacências, com objetivo de fortalecer a luta e o enfrentamento à violência contra à mulher e o feminicidio baseado na violência de gênero na sociedade.
Segundo Benedita Nascimento, umas das integrantes do Levante Feminista Rondônia, as reuniões nos municípios, vai ajudar na mobilização dos segmentos sociais de mulheres para participarem do Encontro Estadual contra o Feminicídio, Transfeminicídio e Lesbocídio nos dia 03 de agosto, no município de Ji Paraná.
O Levante Feminista é uma frente suprapartidária formada por movimentos feministas, organizações e mulheres diversas que tem como objetivo sensibilizar, mobilizar e denunciar à sociedade o aumento dos casos de feminicídios e exigir medidas efetivas de proteção à vida das mulheres. Somos mulheres feministas brasileiras, antifascistas, antirracistas, negras, indígenas, pardas, brancas, quilombolas, periféricas, convivendo com deficiências, lésbicas, bissexuais, cis e trans, das cidades, do campo, das águas e das florestas, mulheres mães, parteiras tradicionais, trabalhadoras precarizadas, hiperexploradas e desempregadas, que juntas unimos esforços coletivos na luta contra o feminicídio no Brasil.
imprimir
