Publicada em 10/09/2024 às 09h15
Na perspectiva econômica, como razão determinante para a escolha do candidato, o eleitor não leva em consideração os elementos das motivações individuais. Neste caso, a escolha é racional e leva em consideração a pauta econômica para votar em determinado candidato e partido. Sendo mais explícito, o eleitor responde positivamente na urna quando a economia vai bem e opta pela oposição quando a economia vai mal. O voto, caracterizado pela razão ou emoção, gira em torno da capacidade individual de cada cidadão classificar as propostas satisfatórias e não satisfatórias para resolver os problemas da comunidade local. Por conseguinte, conceituar a política e o político em escala local, estadual e nacional. Para compreender o comportamento do eleitor, leva-se em consideração a análise do custo e do benefício da ação, ou seja, o que o indivíduo espera do representante político é a eficácia da política em entregar os benefícios prometidos e esperados. Em determinados casos, o eleitor adianta o voto, esperando que a promessa se cumpra posteriormente ao resultado da eleição. Caso o político ganhe o pleito eleitoral, ele será lembrado e cobrado pelas promessas realizadas aos eleitores durante a campanha eleitoral.
Compra
Mas quando o eleitor não leva em consideração a escolha racional, econômica e as promessas de campanha para escolher o candidato e depositar o seu voto, ele se deixa seduzir pela compra do voto. Neste caso, a compra de votos é uma prática ilícita que persiste no cenário eleitoral brasileiro.
Pilares
A compra de voto se baseia principalmente em três pilares: combustível, contratação temporária e mobilidade. Esse esquema complexo envolve diversas estratégias que garantem o apoio de lideranças e cabos eleitorais, que atrai eleitores, geralmente em troca de benefícios diretos e imediatos, para votar em determinado candidato.
Combustível
A compra de votos através do fornecimento de combustível é uma estratégia bastante difundida e eficaz por candidatos com maior volume de recursos financeiros. Nesse método, o eleitor é “comprado” gradualmente, recebendo requisições diárias de combustível.
Temporárias I
O segundo pilar da compra de votos é a contratação de pessoas temporárias além do limite permitido pela legislação eleitoral. Esse método gera um caixa paralelo, popularmente conhecido como “caixa 2”, mas pode se estender a caixas “3, 4, 5” e assim por diante. Em troca do trabalho temporário, os eleitores se comprometem a votar no candidato e a influenciar outras pessoas a fazer o mesmo.
Temporárias II
Essas contrações temporárias além do limite não são declaradas nas prestações de contas junto a Justiça Eleitoral, por sua vez, não são auditadas. Neste caso, contratações não declaradas configuram abuso de poder econômico, uma vez que os recursos financeiros são utilizados para influenciar diretamente o resultado eleitoral.
Mobilidade
O terceiro pilar da compra de votos é a mobilidade, ou seja, candidatos utilizavam veículos contratados para transportar eleitores no dia da eleição. Com o advento da tecnologia, essa prática se modernizou. Hoje, alguns candidatos utilizam de plataformas de mobilidade urbana para organizar a logística de transporte dos eleitores no dia da eleição.
Venezuela
Caro leitor, não esqueci da ditadura de Nicolás Maduro (PSUV) na Venezuela. A imprensa nacional divulgou a decisão da Suprema Corte da Venezuela que convalidou os resultados eleitorais divulgados pelo CNE dando a vitória a Maduro. Já os seus opositores, continuam sendo presos, julgados sem ampla defesa e jogados em presídios – campos de concentração.
Nítido
Ficou nítido no ato político do 7 de Setembro convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para Avenida Paulista, não atrai multidões para ouvir discursos repetidos com pautas de costumes e pedidos de anistia para os golpistas do 8 de janeiro, inclusive gritos por pedidos de impeachment do ministro Alexandre de Moraes do STF.
Vigilantes
Ontem (9), o presidente Lula (PT) sancionou o Estatuto da Segurança Privada que regulamenta a atuação das empresas de segurança privada e de transporte de valores no país. O referido Estatuto beneficia mais de 3 milhões de vigilantes distribuídos em mais de 2 mil empresas de vigilância patrimonial, que vão entrar na legalidade e reivindicar o piso salarial.
Aguardar
Em relação ao caso do ex-ministro Silvio Almeida dos Direitos Humanos, tudo que eu tinha para analisar e opinar, externei na coluna de ontem (9). Agora é aguardar as investigações da Polícia Federal sob as acusações de abuso sexual que recaiu sobre ele após denúncia da ministra Anielle Franco da Igualdade Racial. Espero que as investigações cheguem nas ONGS vetadas por Silvio.
Substituir
Falando em Direitos Humanos, quem vai substituir Silvio Almeida é a deputada estadual do PT de Minas Gerais Macaé Evaristo. Ela é ré em processo de superfaturamento de compra de kits de uniformes escolares quando era secretária de Educação do município de Belo Horizonte em 2011, na gestão do prefeito Márcio Lacerda (PSB).
Acionada
A deputada Macaé Evaristo (PT-MG) que assumirá o Ministério dos Direitos Humanos, também chegou a ser acionada judicialmente pela mesma prática de superfaturar preços de kits de uniforme escolar quando foi secretária de estado de Educação de Minas Gerais na gestão do ex-governador Fernando Pimentel (PT). Macaé é bem o perfil PT raiz, como queria o presidente Lula.
Únicos
O senador Confúcio Moura (MDB) e os deputados federais Maurício Carvalho (União Brasil) e Lúcio Mosquini (MDB), foram os únicos parlamentares federais de Rondônia que encaminharam pedidos de providências ao Governo Federal e se manifestaram publicamente nas redes sociais contra as queimadas ilegais e criminosas nos pastos e na Floresta Amazônica.
Responsabilidade
Falando em queimada, os céus de Porto Velho e de Rondônia continuam tomados por fumaça. A ação de combate aos focos de queimadas é de responsabilidade do Governo Federal e Governos Estaduais. Já as prefeituras, por mais que tenham brigadas de combate a incêndio, a estrutura é mínima para enfrentar a magnitude das queimadas ilegais e criminosas nos pastos e na floresta.
Facção
Diversas lideranças externam a sua preocupação e medo com a atuação do crime organizado nas campanhas eleitorais em Porto Velho. No final de semana, um cabo eleitoral de um candidato a vereador da capital teve seu carro incendiado por integrantes de facção criminosa rival num determinado bairro da periferia.
Limitações
Candidatos e cabos eleitorais enfrentam limitações para ter acesso a alguns bairros e regiões da cidade para pedir votos, inclusive recebem intimidações de integrantes de facções criminosas mediante ameaça de morte, cobrança de pedágio e declaração de apoio para dizer aos moradores em quem devem votar para prefeito e vereador.
Providências
Sinceramente, as autoridades públicas dos Três Poderes, Ministério Público e da nossa segurança pública, precisam se unir e tomar providências enérgicas em relação ao que está acontecendo no pleito eleitoral de Porto Velho, do contrário, o crime organizado e o tráfico de drogas ditará em breve as regras de convivência social na nossa capital.
Pagou
Sabe quem pagou a pesquisa de intenção de votos (RO 02651/2024) do Instituto Veritá para a prefeitura de Porto Velho no valor de R$ 29 mil reais, que puxou para baixo a candidata a prefeita Mariana Carvalho (União Brasil)? O Diretório Nacional do partido Podemos - CNPJ: 01248362/0001-69, PODEMOS/PODE - recursos próprios. Neste caso, o partido do candidato Léo Moraes, o restante, você já deduz, caro leitor.
Animado
O candidato a prefeito Benedito Alves (SD) esteve domingo (8) participando de caminhadas, visitas e reuniões no Distrito de União Bandeirantes. Ele foi bem recepcionado e saiu de lá animado com os apoios que recebeu de lideranças e da população local. Ontem (9) ele participou de uma reunião gigante no Bairro Nacional e sua campanha a cada dia ganha corpo.
Comemorou
Quem comemorou entusiasticamente o Estatuto da Segurança Privada foi o vereador Paulo Tico (Avante), que busca a reeleição para CMPV. Tico, que já foi presidente do Sindicato dos Vigilantes de Rondônia, atua em defesa da classe, ou seja, é sua principal bandeira de luta na vida pública.
Sério
Falando sério, a prática de compra de votos desvirtua o processo eleitoral ao introduzir um fluxo financeiro ilegal e não contabilizado, prejudicando a igualdade de condições entre os candidatos e mina a confiança do público no sistema democrático. Além de desestabilizar o pleito eleitoral e alterar os seus resultados.