
Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 24/08/2019 às 10h19
O alarde proporcionado por lobbies internacionais abordando a “devastação” da Amazônia devido as queimadas excessivas não tem nada a ver com a realidade. Somente quem mora na região tem condições de falar com propriedade sobre a realidade da degradação do meio ambiente.
O noticiário nacional –e internacional– direcionado, chamado na linguagem jornalísticas como “Missa encomendada” tomou conta da “Grande Imprensa” nas últimas semanas, como se a Amazônia fosse o “botão eletrônico”, que pode acabar com o oxigênio do mundo.
Esses mesmos países (Estados Unidos, Europa, Ásia, Rússia, dentre outros) que acionando uma tecla eletrônica, acabam com o mundo (gente, animais, aves, peixes, rios, mares, etc.) que devastaram suas florestas em favor da “Selva de Pedra”, agora querem baixar ordens para o Brasil. São esses mesmos “cientistas”, “ecologistas”, “fiscais” do meio ambiente, que nunca adentraram uma floresta e são reféns do ar-condicionado que falam, criticam, ameaçam, como se fossem os donatários do Brasil.
As queimadas de hoje tão exploradas por oportunistas ambientais são as mesmas de décadas na Amazônia. Negar que há queimadas criminosas, seria heresia, porque infelizmente vivemos num país onde a corrupção permeia.
Hoje é quase impossível realizar qualquer operação, que dependa do serviço público (federal, estadual, municipal) sem que o cidadão tenha que “molhar a mão” de alguém, desde a renovação de um simples Alvará de Licença. Se for para abertura de uma empresa a coisa é mais complicada e a “mão” é bem maior. Imagina o cidadão o “custo” da derrubada de área verde numa propriedade rural. Tem sempre alguém levando vantagem, no mínimo o servidor e o dono da área, mas o povo, que banca tudo, fica com o prejuízo financeiro e ambiental. É o Brasil.
Matéria da jornalista Alana Granda da Agência Brasil do Rio de Janeiro publicada esta semana traz a realidade da situação apontada por pesquisadores da Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos e do Instituto Internacional para Sustentabilidade divulgada no Museu do Meio Ambiente do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. É um resumo do relatório Restauração de Paisagens e Ecossistemas que poderá ajudar nas decisões políticas sobre recuperação e uso sustentável de solos degradados no país.
“Não é por falar em restauração que vamos perder a área produtiva. São áreas sinergéticas. Plantios próximos de florestas vão trazer mais polinizadores e maior ganho econômico. O relatório mostra que a recuperação do solo degradado é viável”, disse o coordenador do projeto, Renato Crouzeilles, professor do Programa de Pós-Graduação em Ecologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O estudo foi feito por 45 pesquisadores de 25 instituições públicas e privadas e teve como base artigos científicos, relatórios técnicos e casos de sucesso comprovado. Daqui a um mês, será entregue a representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio). “O que a gente quer é uma paisagem diversificada. Ter agricultura, pecuária, mas também floresta em pé, restauração acontecendo. Há empregos a serem gerados, benefícios sociais, econômicos e ambientais.
A estimativa é que essa sinergia entre meio ambiente e agricultura, com base na restauração de solos degradados, incremente a produtividade agrícola nacional em até 90%. "A projeção é extremamente positiva, uma vez que o Brasil perdeu 70 milhões de hectares de vegetação nativa nos últimos 30 anos".
Na avaliação de Crouzeilles, é fundamental que haja a conscientização do governo sobre a sinergia entre meio ambiente e agricultura, o que pode elevar a qualidade ambiental, econômica e social do país, vitais para o enfrentamento das mudanças climáticas.
Os países chamados de “avançados” não estão têm a mínima preocupação com a superfície da Amazônia brasileira. Querem o que há no subsolo como a mina de diamantes da Espigão do Oeste com mais de 140 km de extensão e sem estimativa de profundidade, do nióbio, da cassiterita, ouro, petróleo, gás, as maiores jazidas de manganês e ferro do mundo, esmeraldas, rubis, cobre, zinco, prata, a maior biodiversidade do planeta e principalmente a terra, porque o Brasil é o único país continental com áreas férteis, produtivas 365 dias por ano, que certamente alimentará o mundo.
As “otoridades” dos países do Primeiro Mundo estão preocupadas com o subsolo da nossa Amazônia, porque quase a totalidade da madeira retirada da região é exportada para eles. Se estão preocupados com a nossa floresta, por que dizimaram as deles e agora compram madeira da Amazônia? Quem compra incentiva e banca a devastação.
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