Por Rondoniadinamica
Publicada em 30/11/2019 às 10h22
Porto Velho, RO — As tendências do eleitorado rondoniense deixaram a previsibilidade desde 2018, quando, num rompante de popularidade espontânea e intangível, o atual presidente da República Jair Bolsonaro, à época candidato ao Planalto ainda pelo PSL, arrastou com ele outro tantos nomes — conhecidos e desconhecidos —, para os mais variados cargos e em todo o Brasil.
Até mesmo políticos carreiristas, a exemplo do senador Marcos Rogério, do DEM, aproveitaram a ascensão do capitão e usufruíram a onda que abalroou os rincões tupiniquins trazendo ao plano nacional drástica alteração nos quadros eletivos, pelo bem ou pelo mal. No caso do demista, campeão, com folga, na corrida regional por uma das duas cadeiras do Senado Federal, agarrar-se à sombra do presidenciável corroborou sobremaneira para o seu sucesso.
Bolsonaro mantém consigo boa parte de seus eleitores de maneira fiel, leal e abdicada. Mas isso se estenderá a outros postulantes a partir de agora? É uma pergunta importante, pois, é inegável, o mandatário-mor da União rompeu parcerias, afastou aliados e agora reúne remanescentes da antiga legenda e neófitos de toda ordem para preencher o Aliança pelo Brasil, sigla a qual já lançou oficialmente, embora esta ainda careça de registro junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Nesse jogo de entra e sai, além do próprio Bolsonaro, as eleições municipais serão termômetro imprescindível para avaliar as próprias performances dos deputados Eyder Brasil, estadual, Coronel Chrisóstomo, federal, além do governador Marcos Rocha e do pecuarista Jaime Bagattoli, o único sem mandato, tanto em termos de postulação quanto potencial para indicar terceiros.
Agora, sobre o comportamento dos votantes, levando em conta apenas o espectro regional, percebe-se a tônica da volatilidade; no ano passado, para se ter ideia, o então novato Vinícius Miguel, concorrendo pela Rede, superou todos os candidatos ao Palácio Rio Madeira em Porto Velho; no quadro gerou restou em 4º lugar com mais de cem mil votos entre nove candidato.
Para 2020, além de Miguel, que agora é comandante do Cidadania estadual, antigo PPS, há, no horizonte, o nome Guto Pellucio, jovem empresário cotado para a disputar a sucessão de Dr. Hildon Chaves (PSDB) à Prefeitura da Capital.
Nas Câmaras Municipais, a mesma coisa: as redes sociais denotam enjoo coletivo relacionado às figuras carimbadas. Exsurgem no plano das possibilidades pessoas desconhecidas do grande público, mas que, dentro de suas respectivas áreas de atuação levando em conta ativismo periférico como lideranças emergentes, colhem da população, aos poucos e aqui e ali, a confiança tímida outrora esmigalhada pelo atual cacicado desinteressado, omisso e jogado às traças.
Quem quiser ficar no cargo em que ocupa por ora terá de se preocupar também com quem está fora do metiê político.