Publicada em 20/01/2023 às 14h34
Uma expedição recente descobriu uma tumba de 3,5 mil anos na cidade de Luxor, à margem oeste do Rio Nilo, no Egito.
O anúncio da descoberta foi realizado pelo Ministério de Turismo e Antiguidades do país no domingo do dia 15 de janeiro, através de um post no Facebook e, segundo os pesquisadores egípcios e britânicos que conduziram a missão, no interior do local podem estar os restos de uma mulher ligada à realeza, possivelmente uma princesa ou esposa real.
Luxor é conhecida como “o maior museu ao ar livre do mundo” pela quantidade de ruínas, templos e monumentos: na região fica a Necrópole de Tebas, que inclui os famosos Vale dos Reis e Vale das Rainhas, onde muitas pessoas da realeza do antigo Egito foram enterradas.
“Os primeiros elementos descobertos até agora dentro da tumba parecem indicar que ela remonta à 18ª dinastia dos faraós Akhenaton e Tutancâmon”, afirmou Mostafa Waziri, chefe do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, à Agência France-Presse.
A 18ª dinastia egípcia foi o período mais próspero e é a mais conhecida dinastia do Egito Antigo, tendo reinado o país entre os anos de 1550 e 1295 antes da era comum. Para Piers Litherland, chefe da missão de pesquisa britânica pela Universidade de Cambridge, a tumba pode pertencer a uma esposa ou princesa da linhagem Thutmosid, de Tutmés I, o terceiro faraó da dinastia: os trabalho de escavação e documentação seguem no local, com o objetivo de desvendar o planejamento arquitetônico e outras informações.
De acordo com o post, o cemitério real escavado era até então desconhecido, e se encontra em más condições por conta de “inundações durante a antiguidade”, conforme revelou o arqueólogo Mohsen Kamel.
A tumba era do Novo Império, que terminou no ano de 1292 antes da era comum e, segundo Kamel, algumas inscrições que havia no local foram “destruídas em inundações antigas que encheram as câmaras funerárias com sedimentos de areia e calcário”.