Publicada em 24/01/2024 às 09h00
Nome de craque, Copa do Mundo no DNA, e jogador do time de Romário (...) Essa é a história de Danilo Hagi, lateral direito que atua no America-RJ, time do presidente Romário. O rondoniense joga na categoria sub-12 do clube e se reapresenta ao time em 15 de fevereiro. Ao ge.globo/ro, a jovem promessa contou que gosta no nome escolhido pelo pai Rodrigo Roque.
- Eu gostei muito do meu nome. Eu acho que ele tem um significado muito forte de um jogador e o meu sonho é ser um jogador que nem ele dando assistência, fazendo gols e sim, gosto dele - disse o atleta.
O nome caiu no gosto do filho e foi resultado de uma admiração pelo craque romeno. Gheorghe Hagi é o mais conhecido atleta de seu país. Na carreira, o ex-atleta passou por Farul Constanţa-ROM, Sportul Studenţesc-ROM, Steaua Bucareste-ROM, Real Madrid-ESP, Brescia-ITA, Barcelona-ESP e Galatasaray-TUR. Atualmente treina o Farul Constanţa. Os dribles com a perna esquerda e seu espírito de liderança lhe renderam o apelido de "Maradona dos Cárpatos", em referência ao craque argentino e à região onde fica a Romênia. Motivos que endossaram o desejo de Roque.
- O nome do Hagi eu falo já tinha escolhido ele na Copa de 94. Então assim, foi um nome que já estava escolhido. Então quando a minha esposa ficou grávida eu falei que se fosse homem eu daria o nome dele, porque eu já tinha escolhido esse nome. Então quando ele nasceu, ela me perguntou qual era o nome. Eu falei, o nome dele vai ser Hagi - conta.
Apesar de toda essa idolatria, Roque precisou de certo convencimento para convencer a mãe do pequeno. Flávia Santos queria Danilo. O jeito foi adaptar.
- Não foi tudo bem. Eu tinha um nome e ele sempre teve esse nome, né? Hagi e aí eu falei: não, eu quero que o nome dele seja Danilo e aí não, brigamos, conversamos e aí ele falou que não vai ser Hagi. Então vamos fazer Danilo Hagi, nem pra mim, nem pra ti. Mais no dia que foi fazer o registro dele eu fui junto porque se ele tivesse ido sozinho, ele tinha voltado só com Hagi - relata.
Com jeitinho, o caminho do garoto foi destinado ao futebol. Em Rondônia, a Escolinha do Flamengo, Porto Velho, Grêmio Ayresbol, Nova Geração, Fla Kids do Nacional e Prado viram qualidade nele. E, no Rio, America-RJ se interessou pelo jogador. Lá, ele encontrará um ídolo pessoal. O pequeno Hagi leva os ensinamentos de Romário jogador à sério para a carreira.
- Vejo muitos vídeos dele. Sempre quando tem jogo dou uma olhada para me inspirar nele - diz admirado.
Romário foi eleito o novo presidente do America. O ex-atacante vai presidir o clube nos anos de 2024, 25 e 26. O Baixinho vai conciliar seu mandato com o de Senador. A família então poderá encontrar o novo ídolo na reapresentação.
- Então ele é unânime da época. Eu sou fã do Romário e assim que quando o Romário assumiu a presidência lá, eu fiquei até com aquela história. Quando eu ver o Romário. Como vai ser? O Romário a gente sempre falou na minha casa, na casa dos meus pais e eu trouxe ele para dentro da minha nova casa, da minha família e espelhava sempre os vídeos dele pro meu filho. Meu filho cresceu vendo ele - enfatiza.
Talento
O jovem talento rondoniense por enquanto curte alguns dias em casa, na capital Porto Velho, enquanto recarrega as baterias para mais uma temporada. Tudo para seguir no tão sonhado objetivo de se tornar um grande nome do futebol brasileiro.
- Quando ele tinha quatro anos e que ele começou a dar os seus primeiros chutes aqui dentro de casa e quando a gente viu que tinha uma estabilidade boa. A gente colocou ele na escolinha e já foi se preparando para esse dia. Então quando o America escolheu o meu filho para permanecer lá no Rio de Janeiro para se mudar definitivamente pra lá. A gente já estava assim que num processo de costume já. Porque eu já tinha viajado com o Hagi. Quando ele completou nove anos ele já disputava competições fora. Então quando ele foi escolhido para permanecer no Rio de Janeiro a gente já tinha já aquele preparo no coração. Tipo assim, a gente vai ficar distante dele? A gente vai ter que mudar tudo, né? E quanto a essa situação que acontece no futebol a gente já foi se preparando. A gente já foi estudando. Eu mesmo fiz curso para ser pai de atleta. Então assim, eu tentei me especializar no máximo que eu pude para dar um bom início para o meu filho - relata.
O caminho dos clubes de fora então renderam necessidade de adaptação de toda família.
- Assim, de primeira pra gente foi um impacto. Acho que mais para mim, né? Ele está super adaptado. Criança acho que se adapta mais rápido do que adulto. Tanto na escola, com amigos e a minha adaptação ela foi mais difícil do que a dele, devido ao trabalho, a estar só, levar, acompanhar ele sempre nos treinos, aos jogos. Lá os locais são bem distantes. Tanto do treino ou quando tem jogos. Às vezes os jogos são em uma localidade que dá mais ou menos 1h40 minutos de trânsito, com trânsito bom. Eu o tempo todo do lado dele. Quando dá o meu esposo vai e fica um tempo com a gente e aí, dá uma aliviada pro meu lado. Mas a gente vai e vou seguir com ele. A gente está vivendo o sonho dele - finaliza.