
Publicada em 20/03/2025 às 11h00
A imagem é ilustrativa / Reprodução-ChatGPT
Porto Velho, RO – Um relatório internacional elaborado pela empresa suíça IQAir apontou Porto Velho, capital de Rondônia, como a cidade brasileira com a pior qualidade do ar no ano de 2024, apresentando uma média de concentração de partículas finas de 29,5 µg/m³. A pesquisa avaliou 8.954 localidades, distribuídas em 138 países, utilizando dados coletados em mais de 40 mil estações.
O levantamento destaca que, no Brasil, os estados do Acre, Rondônia e São Paulo foram os mais prejudicados pela má qualidade do ar no último ano. Porto Velho ultrapassou cidades como Sena Madureira e Rio Branco, no Acre, que registraram respectivamente 27,3 µg/m³ e 23,6 µg/m³. A piora significativa na qualidade do ar em Rondônia e Acre está diretamente relacionada aos incêndios florestais na região Amazônica, que quadruplicaram em setembro de 2023.
Globalmente, o estudo intitulado "Relatório Mundial sobre a Qualidade do Ar" revelou que somente 17% das cidades analisadas ficaram dentro do padrão recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Os países com níveis mais críticos de poluição atmosférica foram Chade, Bangladesh, Paquistão, República Democrática do Congo e Índia. Byrnihat, na Índia, foi classificada como a cidade mais poluída do planeta, com 128,2 µg/m³.
Por outro lado, sete países conseguiram se manter totalmente abaixo do limite máximo recomendado pela OMS, que é de 5 µg/m³: Austrália, Bahamas, Barbados, Estônia, Granada, Islândia e Nova Zelândia. Mayaguez, localizada em Porto Rico, apresentou o melhor índice do planeta, com apenas 1,1 µg/m³.
Ao divulgar os resultados, o CEO da IQAir, Frank Hammes, destacou a relevância global dos dados, afirmando que informações precisas sobre a qualidade do ar são fundamentais para proteger vidas humanas e a estabilidade do meio ambiente. Hammes reforçou ainda que “dados sobre qualidade do ar salvam vidas, aumentam conscientização, influenciam políticas públicas e capacitam comunidades para proteger gerações futuras”.