Por Sérgio Pires
Publicada em 30/07/2020 às 09h00
DE DENTRO DAS CADEIAS, O CRIME DECIDE SE NÓS, AQUI FORA, VAMOS VIVER OU MORRER. ATÉ QUANDO?
Aconteceu em onze Estados brasileiros, mas poderia ter acontecido em Rondônia ou em qualquer outra região do país. Basta a polícia agir, que acha! De perto de 220 criminosos descobertos (homens e mulheres) em gangues e organizações criminosas que praticam assassinatos, assaltos, roubos, sequestros, furtos, mais de 30 por cento, ou seja, 67 dos bandidos, já estavam dentro da cadeia. Todos condenados, todos cumprindo pena, todos sob a proteção do Estado. Ou seja, a cumplicidade com o crime organizado dentro dos presídios é absurda. Em nome dos direitos humanos de assassinos cruéis e celerados, a grande maioria sem qualquer chance de recuperação, se criou uma série de proteção aos presos, que acabam permitindo que, de dentro das celas, eles comandem o crime aqui fora. E não o fazem, sem dúvida alguma, sem algum tipo de ajuda de quem deveria puni-los e impedir que eles se organizem também dentro das cadeias, para continuar cometendo crimes contra a população indefesa. Como é uma coisa muito difícil de provar, praticamente ninguém é punido, a não ser os brasileiros do bem, reféns desse tipo de gente e de uma legislação feita sob medida para proteger e incentivar o crime. Quando não o é pela omissão e pela impunidade, é pela defesa dos direitos humanos, que valem mesmo só para quem comete algum tipo de delito.
A situação continua cada vez pior para quem é correto, trabalha duro, paga seus impostos e reza para não ser escolhido como alvo dos bandidos. E cada vez mais mole para eles, os criminosos. Eles assassinam, trucidam, praticam crimes hediondos e, poucos anos depois, se condenados, já estão nas ruas de novo. Atacam, matam, trucidam idosos, mulheres indefesas, crianças e, quando são pegos, recebem como pena, muitas vezes, reprimendas morais apenas, como se isso fosse resolver o dano que causaram. Isso quando, em audiências de custódia, os magistrados não começam perguntando se a polícia tratou bem os que cometeram os mais diversos tipos de crime! Cada vez pior! Nas cadeias, abundam celulares, fugas fáceis, organizações cada vez mais fortes. Ai daqueles que querem se recuperar e, presos, mesmo por crimes menos agressivos, querem voltar a viver em sociedade! Os que não entram para alguma facção correm risco de vida e suas famílias, fora das cadeias, são ameaçadas e podem serem mortas também. E continua o festival de discursos em nome dos direitos dos canalhas que superlotam os presídios brasileiros. Cada vez se ouve mais gritos em defesa da criminalidade, enquanto só se ouve sussurros, pouco mais que silêncio, sobre as vítimas, aterrorizadas, que estão sob o jugo do crime, tratado com tanta bondade pelas leis brasileiras. Quando esse arremedo de país vai entrar nos trilhos e proteger, verdadeiramente, seus cidadãos de bem?
NÚMEROS SUPERLATIVOS: 855 MORTES E MAIS 785 CASOS
Enquanto Porto Velho volta à Fase 2, contra a Pandemia, o que muda quase nada em relação à situação atual, outros municípios de Rondônia também foram atingidos por novo decreto do governo, divulgado na noite da terça-feira. Os números da doença, em todo o Estado e essencialmente na Capital, continuam sendo superlativos, embora opiniões mais otimistas achem que já tingimos o pico da doença e que a partir de agora ela começará a regredir. Infelizmente, não é isso que dizem os números. Nessa quarta, por exemplo, tivemos nada menos do que 15 mortes, seis das quais em Porto Velho. Agora temos um total de 855 mortes. O Estado registrou também outros 785 contaminados, totalizando, agora, 37.634 rondonienses atingidos pela doença. No país inteiro, caminhamos para 91 mil mortes e 2 milhões e 600 mil contaminados, com algo em torno de 68 por cento de pessoas recuperadas. O que nos resta, na verdade, é esperar que cheguem as vacinas salvadoras. Antes disso, o risco continua alto.
FALTA EQUIPES PARA O NOVO HOSPITAL
Um terceiro hospital, esse com 23 leitos clínicos e 10 de UTI, mas que pode ser ampliado para até 30 leitos de UTI, está totalmente pronto em Porto Velho. Tudo zerado. Graças ao apoio de um grupo de empresários, entre eles um dos líderes da iniciativa, Adélio Barofaldi, o antigo Cero, na zona leste, foi totalmente reformado, para se tornar mais um hospital de campanha no combate ao coronavírus. Ele aliviaria a lotação dos leitos de UTI e comuns do Cemetron, ajudando a baixar o percentual de leitos de tratamento intensivo da Capital. Tudo que merece a maior das comemorações, não é? Mereceria, se não fosse por um detalhe vital: não tem equipes de médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos para atender um só paciente. Tudo está concluído, mas não há pacientes no hospital novinho em folha. Mesmo com todos os esforços que tem feito, a Secretaria de Saúde do Estado não tem mais gente contratada. Já foram feitos 29 chamamentos públicos, mas, até agora, não há previsão para que as contratações sejam feitas. Não há mais mão de obra, nesse momento de pandemia. Uma pena!
MARIANA PEDE 2 BI PARA VACINA DE OXFORD
Por falar em vacina, a deputada rondoniense Mariana Carvalho, que é médica, foi conhecer de perto a vacina produzido pela Universidade de Oxford, na Inglaterra e que está em testes finais no Brasil. É uma das três vacinas com estágio mais adiantado de testes e que poderá estar no mercado no final deste ano ou meados do primeiro trimestre de 2021. Durante a visita à Fiocruz, que é parceira em relação à vacina de Oxford, Mariana anunciou que vai solicitar a liberação de pelo menos 2 bilhões de reais do governo brasileiro à Fiocruz, para garantir a produção de pelo menos 100 milhões de doses, no menor prazo possível, tão logo a vacina seja aprovada para uso humano. Mariana comentou que, com esse dinheiro, “o Brasil poderá receber a tecnologia para produzir o medicamento; garantir sua soberania na produção e ainda, posteriormente, exportar a vacina para países vizinhos”. A parlamentar rondoniense faz parte da Comissão Externa de Enfrentamento à Covid-19, da Câmara dos Deputados.
ÔNIBUS: PUNIÇÃO INJUSTA AO PORTO VELHENSE
O tempo passa, o tempo voa e o sistema coletivo de Porto Velho continua...uma droga! Eivado de erros desde que o então prefeito Mauro Nazif decidiu destruir o consórcio que a cidade tinha e que, mal ou bem, funcionava, nada mais deu certo, para a população que dele necessita, qualquer evento ou iniciativa ligada ao atual sistema de ônibus da cidade. O prefeito Hildon Chaves tem lutado há longo tempo para conseguir modernizar o sistema. Depois de enfrentar pesadas turbulências e contrariar inúmeros interesses, ele conseguiu realizar uma licitação, com uma empresa paulista como vencedora. Não deu outra! Mais uma vez, os interesses contrariados recorreram à Justiça. Mesmo que a nova empresa tenha apresentado a documentação e cumprido todos os itens do edital; mesmo que ela já tenha encomendado dezenas de coletivos zero quilômetro, alguns já prontos, o caso empacou novamente no Judiciário. Tanto em primeira como em segunda instância, a contestação à licitação foi aceita. A Prefeitura recorreu novamente e continuará recorrendo, porque considera que tudo está dentro da legalidade e que há necessidade de imediata modernização do sistema de transporte por ônibus da Capital. Enquanto isso, a população continua sofrendo com greves mensais dos funcionários do atual consórcio e pendurada em ônibus caindo aos pedaços. Até quando essa punição que o povo porto velhense não merece, lhe será imputada?
DANIEL REPETE: “POLÍCIA TEM BANDA PODRE”
O ex governador Daniel Pereira, hoje superintendente do Sebrae no Estado, voltou a criticar duramente a polícia civil, depois da operação que prendeu o major Marcelo Victor Duarte Corrêa. A acusação é de que ele liderou um esquema fraudulento de licitação para compra de equipamentos (software, tablets e demais acessórios) para a implementação do “Sistema Mobile”, um sistema de registro de ocorrência policial via net. Numa entrevista ao jornalista Marcelo Bennesby, na RedeTV!, Daniel voltou a dizer que há uma banda podre na polícia civil e diz que suspeita de que toda a operação tenha sido feita porque essa ala não aceitou a modernização da PM e os métodos introduzidos em seu governo. O ex governador voltou a falar na Operação Pau Oco, em que reafirma ter sido vítima de uma armação liderada pelo que ele repete, é a banda podre da polícia. E considerou que a ação contra uma pessoa próxima a ele, como o Major Marcelo, pode ter também a mesma conotação.
EX GOVERNADOR E A AMIZADE COM MAJOR DENUNCIADO
Embora tenha dito que se houver alguma culpa, que haja punição, desde que se comprove o que foi divulgado, Daniel também protestou contra a divulgação do nome do Major da PM, porque, segundo ele, seria um abuso de autoridade. Ao expor o nome do oficial, para Daniel, o Major Marcelo já teria sido condenado pela opinião pública, sem ter tido direito à defesa. Durante vários minutos, respondendo a várias perguntas, o ex governador bateu duro na polícia. Protestou também para o fato de que a divulgação da operação policial envolvendo a Polícia Militar, foi também uma tentativa de atingi-lo, já que todos conhecem sua relação de amizade com o Major Marcelo. Lamentou ainda que todo o noticiário tenha apontado a ligação dele com o Marcelo, considerando isso uma forma de tentar atingi-lo. Perguntado se esses pretensos ataques teriam algo a ver com uma possível candidatura à Prefeitura de Porto Velho, Daniel negou participar da disputa, dizendo que o candidato do seu partido é o ex comandante da PM, coronel Ronaldo. Até a noite desta quarta, não tinha havido resposta de parte do comando da Polícia Civil, sobre o assunto.
BRUNO: PRISÃO PERPÉTUA?
Se depender da opinião pública brasileira, o ex goleiro Bruno, que foi ídolo do Flamengo; estava prestes a ser contratado pelo Milan e de ser convocado para a Seleção Brasileira, nunca mais vai exercer sua profissão. E cumprirá uma pena perpétua, embora condenado a pouco mais de 21 anos de prisão, pelo assassinato cruel de sua ex amante Eliza Samúdio, cujo corpo até hoje não foi encontrado, Bruno começou a cumprir regime semiaberto, depois de vários anos preso. Tentou voltar a jogar várias vezes. Chegou a assinar contrato com pelo menos três clubes, mas as torcidas protestaram e os acordos foram cancelados. A última tentativa foi do Rio Branco, do Acre, que fez anúncio pomposo pela mídia comum e redes sociais da contratação do jogador. Durou menos de 48 horas. O único patrocinador do clube avisou que estava se retirando da parceria, porque não concordava com a presença de Bruno. A direção teve que voltar atrás. Ou seja, se depender das torcidas brasileiras, Bruno provavelmente não voltará aos gramados. Há quem considere isso uma crueldade, enquanto muitos acham que crueldade foi o que ele e seus companheiros fizeram contra Eliza.
PERGUNTINHA
Será que os bilionários bancos, que vivem mamando no dinheiro do brasileiro e têm os maiores lucros de todo o sistema econômico nacional, vão abrir seus cofres abarrotados para ajudar na compra de vacinas, quando elas chegarem, para salvar a vida de milhões de pessoas?