Publicada em 26/04/2023 às 09h07
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, acusou os países ocidentais de ampliar a Guerra da Ucrânia e incentivar uma Terceira Guerra Mundial, nesta terça-feira (25/4). O discurso do chanceler russo acontece após receber duras críticas de opositores no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
Lavrov, durante entrevista coletiva na sede da ONU, em Nova York (EUA), declarou que ninguém precisa de outra guerra mundial, “mas parece que alguém está pronto para ir até o fim”.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou, nessa segunda-feira (24/4), em reunião presidida por Lavrov que a Guerra da Ucrânia está “causando enorme sofrimento e devastação ao país e seu povo” e acarretando o “deslocamento econômico global desencadeado pela pandemia da Covid-19”.
“As tensões entre as grandes potências estão em máxima histórica. Assim como os riscos de conflito, por desventura ou erro de cálculo”, disse Guterres.
O Chanceler russo rebateu as críticas e destacou que Moscou já apresentou os seus objetivos para invadir a Ucrânia, em fevereiro de 2022. Na época, o presidente Vladimir Putin disse que a guerra tem a necessidade de “desnazificar” o país vizinho.
Ainda na ONU, Lavrov disse para que os países presentes no sul global enxerguem as críticas ocidentais à Rússia como parte de um plano maior dos Estados Unidos para impedir o crescimento de possíveis potências mundiais.
“Os planos dos EUA para alavancar o regime abertamente racista [em Kiev] na esperança de enfraquecer a Federação Russa em um foco estratégico na eliminação de concorrentes. Está claro para todos”, afirmou o chanceler russo em seu discurso na ONU nessa segunda.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a invasão russa da Ucrânia durante uma visita à Espanha, mas ressaltou que no momento nenhuma nação está falando sobre paz.