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Publicada em 20/02/2025 às 08h19
COLUNA FALANDO SÉRIO: Fatos que provocam inquietações e merecem reflexões
Prof. Herbert Lins – DRT 1143
20/02/25 – quinta-feira
CARO LEITOR, alguns temas me provocam inquietações e, quem acompanha a presente coluna, percebe que escrevo dentro da estrutura da escala geográfica proposta pelo geógrafo Yves Lacoste. Diante da justificativa, abro um diálogo com a Geografia Humanística, que dialoga com a fenomenologia. Por sua vez, essa última faz um esforço para considerar a perspectiva da experiência nos seus estudos variados, que estão focados sobretudo em incorporar o ponto de vista das pessoas que vivem nos lugares, espaços e nas paisagens. As correntes da geografia, os campos, subcampos, eles têm temas ou preocupações que se compartilham. Em face disso, têm vários caminhos metodológicos e teóricos para seguir. A fenomenologia ajuda a gente a entender a paisagem, o lugar, o próprio espaço, não como algo para fora de nós, mas algo que implica as próprias pessoas que vivem. Vivem esses lugares. Por isso, a fenomenologia, a ideia de fenômeno, é a inteireza que articula ao mesmo tempo a paisagem e o sujeito que vive essa paisagem.
Fenomenologia
A Fenomenologia é originalmente uma filosofia que surge no começo do século XX, daí podemos nos perguntar: a que ela se propõe? Ela se propõe a ajudar a compreender as relações entre sujeito e objeto, ou seja, entre aqueles que querem pesquisar e aqueles que vivem as coisas.
Compreender
A geografia humanística fenomenológica é uma geografia em que não vai separar, por exemplo, a dimensão física da humana, mas vai compreender a geografia como ela é vivida, como ela é experienciada, articulando essas duas vertentes.
Fenômenos
A perspectiva fenomenológica humanística incorpora a perspectiva de como os fenômenos afetam ou aparecem para as pessoas que estão implicadas neles. As bases conceituais podem ser aplicadas nas ciências sociais para estudar a política, economia, cultura e outros temas.
Exemplo I
Por exemplo, quem estuda a vulnerabilidade social, a fenomenologia humanística ajuda a compreender uma perspectiva mais estrutural, atentar aos processos que geram a vulnerabilidade e os fatores de risco, tanto pela dimensão física quanto pelas questões que merecem respostas.
Exemplo II
A perspectiva humanística e fenomenológica ajuda a analisar e compreender processos de constituição e distribuição dos riscos, por sua vez, como afetam as pessoas que estão implicadas neles. Por exemplo, o estudo de planejamento urbano.
Pessoas
No planejamento urbano, é imprescindível incorporar o que as pessoas pensam sobre os seus lugares, depoimentos em relação à manifestação de fenômenos sociais e climáticos, além disso, os seus desejos. Daí podemos pensar na implementação de ótimas políticas públicas.
Considerar
Políticas públicas implementadas e pensadas sem considerar a experiência das pessoas, na sua grande maioria, fracassam. Neste caso, o jogador de futebol Garrincha tinha sempre na ponta da língua a seguinte pergunta: “Já combinaram com os russos?”
Reações
A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas na tentativa de golpe de Estado gerou reação de políticos e dos militantes da extrema-direita nas redes sociais. Neste caso, reações essas das mais absurdas para justificar o injustificável.
Investigações
O relatório da Polícia Federal (PF) concluído em novembro passado e enviado à PGR, apesar das diferenças, a acusação se baseia nas provas reunidas pela PF durante a investigação, ou seja, não foi o ministro Alexandre de Moraes do STF e a PGR que investigou e juntou provas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas.
Federal
Quem investigou e juntou provas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas para a PGR formalizar a denúncia foi a Polícia Federal, formada por servidores públicos concursados, preparados, treinados e com formação continuada para combater o crime organizado.
Estadista
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha tudo para ser considerado um estadista. Ele tinha apoio popular, a economia do país arrasada pela corrupção e a população revoltada mediante os privilégios da alta corte dos Poderes. Mas preferiu seguir pelo caminho da mediocridade, trair seus eleitores e se juntar ao sistema para proteger a sua família. Agora, foi traído pelo sistema que escolheu servir.
Preparado
No dia em que a extrema-direita projetar um líder mais preparado que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os nomes da sua linha sucessória de espectro ideológico, a esquerda e a direita dificilmente voltarão a ocupar o Palácio do Planalto. Inclusive, o Brasil pode vivenciar novamente um período ditatorial semelhante à Ditadura Vargas ou pior.
Palocci I
Ontem (19), para não passar batido, o ministro Dias Toffoli, do STF, anulou todos os processos contra o ex-ministro da Economia Antônio Palocci no âmbito da Operação Lava-jato. Palocci chegou a ser condenado a 18 anos de prisão.
Palocci II
Antônio Palocci afirmou que o presidente Lula (PT) sabia dos esquemas de corrupção envolvendo a Petrobrás. Ao firmar um acordo de delação premiada, ele conseguiu reduzir a pena pela metade. Depois de cumprir dois anos em regime fechado, foi transferido para prisão domiciliar. Entre os petistas, Palocci é considerado um dedo duro.
Dólar
O dólar está caindo, inclusive sumiu do noticiário, mas continua beirando R$ 6 reais. No entanto, os preços dos alimentos, remédios e dos combustíveis continuam aos olhos da cara. O salário mínimo e o poder de compra da classe média continuam cada vez mais mínimo. Neste caso do mínimo, não conseguiu se recuperar ainda dos quatro anos sem ganhos reais durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Efeito
Novamente, vou denunciar o efeito Biden-Kamala no Brasil, ou seja, a exemplo dos empresários do setor de supermercado, atacadista e varejistas, pelas bandas de cá, nossos empresários estão aumentando os preços para culpar o governo do presidente Lula (PT). É preciso uma medida drástica para conter esse abuso contra a população brasileira.
Convidado
O deputado estadual Laerte Gomes (PSD) retornou à nossa ligação e respondeu que não foi convidado pelo governador Coronel Marcos Rocha (PSD) para assumir a Casa Civil. Por sua vez, ele concordou comigo que seria viável a permanência da Gisele Viana no comando da pasta por conta da sua habilidade pessoal e política nas tratativas entre o Governo e a Assembleia Legislativa.
Jean
O Plenário da Assembleia Legislativa de Rondônia (Ale-RO) elegeu e empossou o deputado Jean Mendonça (PL) para exercer o cargo de Corregedor Parlamentar para o segundo biênio da 11º legislatura. Para o cargo de Ouvidor Parlamentar para o mesmo período, foi eleito e empossado o deputado Jean Oliveira (MDB).
Vice-líder
A coluna corrige o ato falho da publicação de ontem (19) em relação à vice-liderança do Governo na Assembleia Legislativa de Rondônia (Ale-RO). O deputado estadual Ribeiro do Sinpol (PRD) foi confirmado vice-líder pela mensagem nº 12 de 13 de fevereiro de 2025 enviada à Casa de Leis.
Planejamento
O planejamento urbano é a principal estratégia de uma gestão pública municipal na prevenção de alagamentos e enchentes em escala local. Os gestores públicos da Prefeitura de Porto Velho precisam ouvir a população antes de planejar ações para mitigar os impactos dos pontos críticos de alagações e enchentes.
Drenagem
Não pense o prefeito Léo Moraes (Podemos) que vai conseguir resolver o problema das alagações e enchentes em 3 anos de gestão frente ao Prédio do Relógio. As obras levarão no mínimo 12 anos para fazer os sistemas de drenagem integrados em Porto Velho no intuito de acabar com esse problema que atinge a população portovelhense toda vez que chove.
Thor
O vereador Breno Mendes (Avante) – o fiscal do povo – virou o Thor na fiscalização dos atos do Poder Executivo municipal. Ele sugeriu e o prefeito Léo Moraes (Podemos) atendeu o pedido para fazer blitz educativas em vez de punitivas no sentido de evitar multas para o cidadão condutor.
Sério
Falando sério, na fenomenologia aparece o termo ser no mundo, esse termo significa que o ser humano está sempre em relação com o mundo e com outras pessoas, ou seja, não é um organismo isolado do mundo, mas sim um ser que habita e convive com ele.